OMS recomenda vacina da dengue para países epidêmicos

OMS recomenda vacina da dengue para países epidêmicos

A imunização foi liberada no Brasil, mas para ser comercializada precisa da definição de preço

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira, 15, a recomendação da vacina contra a dengue, da Sanofi-Pasteur, para os países considerados epidêmicos da doença. Além do controle de mosquitos, a imunização seria a única forma de prevenção contra o Aedes. 

A OMS informa ainda que a adoção da vacina contra o mosquito transmissor da dengue irá ajudar os países a atingirem a diminuição de 25% do número de casos e em 50% de mortalidade até 2020.

Sendo a primeira validada para o uso no Brasil, a vacina recebeu o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro do ano passado, mas a comercialização só poderá ser feita depois da definição de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

A imunização produzida pela Sanofi Aventis é valida para os quatro tipos de dengue na população com idade entre 9 e 45 anos, e poderá reduzir dois em cada três casos da doença e 90% da incidência de ocorrências graves que levam a morte.

Registro

Com o registro pedido em 20 países, a vacina foi liberada somente em quatro, que são: México, Filipinas, Brasil e El Salvador.

México foi o primeiro país a receber a imunização, no início de dezembro de 2015. Nas Filipinas a vacina também já está sendo comercializada. No Brasil, o Ministério da Saúde avalia a possibilidade de adotar o produto no sistema público.

De acordo com a farmacêutica, bioquímica e diretora de planejamento estratégico de dengue da Sanofi Pasteur, Amanda Pinho, com a recomendação da OMS, o Ministério da Saúde pode considerar uma possível incorporação da vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Butantan

Além da vacina de dengue da Sanofi, existem outras vacinas em estudo. A que está em fase mais avançada é a que foi desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan e os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH), que já deu início à última fase de testes clínicos antes de ser submetida à Anvisa para registro.  


Foto: Arquivo Revide

 

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