Por dia, 17 servidores de RP apresentam atestados médicos para justificar faltas
Prefeitura afirma que analisa cada caso para que faltas não prejudiquem atendimento à população

Por dia, 17 servidores de RP apresentam atestados médicos para justificar faltas

O número de funcionários que precisou faltar ou se afastar por algum motivo de saúde passa de 4 mil em 2018

Nos sete primeiros meses de 2018, os servidores municipais de Ribeirão Preto apresentaram mais de 4 mil atestados médicos para justificativa de faltas ao trabalho, de acordo com dados obtidos pelo Portal Revide, por meio da Lei de Acesso à Informação. O número ainda engloba os profissionais que tiveram de ser afastados em razão de problemas de saúde. Em média, 17 servidores apresentaram atestados para faltas ou afastamentos a cada dia. No entanto, a Prefeitura de Ribeirão Preto afirma que as ausências não atrapalharam os serviços prestados no município.                           

O guarda civil municipal Caio Cristiano teve de se afastar por dois dias do trabalho no começo deste ano para passar por exames médicos. Ele afirma que muitos servidores têm evitado de se afastar, para não afetar os serviços prestados à população.

“Estou fazendo exames para saber qual tipo de procedimento terei de fazer. De certo modo, o que pega é a falta de efetivo na Guarda, que às vezes nos faz evitar pegar atestado mesmo estando doente. Sei de gente que trabalha doente porque não vai ter substituto. No meu caso foi inevitável. Tenho trabalhado normalmente, mas, de certo modo, adaptado”, comenta o guarda.

A Prefeitura de Ribeirão Preto afirma, por meio de nota, que, mesmo com a grande quantidade de servidores que precisam se ausentar de seus postos, cada caso de afastamento é tratado de maneira específica, buscando dar continuidade à prestação dos serviços para a população. Também informa que as carreiras não são afetadas pelos afastamentos. De acordo com o governo municipal, houve, inclusive, uma reunião nessa sexta-feira, 24, entre a Comissão de Política Salarial e o Sindicato dos Servidores Municipais, em que ficou definido que a prefeitura realizaria um levantamento da quantidade de licenças, separados por secretaria e por motivo - o que já está em andamento. "Este estudo permitirá uma visão panorâmica, de modo que a prefeitura poderá traçar medidas objetivas e diretas em cada secretaria, de acordo com a necessidade de adequação de cada uma delas", afirma, em nota.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Laerte Carlos Augusto, o elevado número de atestados e afastamentos de servidores se deve à falta de uma política de acompanhamento das condições de saúde dos servidores.

“Tem que ter uma política, para que possa efetivamente ter exames periódicos, levantar as causas e o porquê está ocorrendo isso, já que não tem a prevenção. Nós temos pedido isso com muita urgência. Temos profissionais que têm realizado suas funções em situação um pouco adversas, se você buscar secretarias com altos índices de sucateamento, na educação, mesmo, as salas de aulas estão superlotadas, os profissionais com uma carga de trabalho muito grande”, afirma o sindicalista, que aponta que, talvez, esses sejam alguns dos motivos que aumentem esses casos de doença.

 

 


Foto: divulgação - Cremesp

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