Prefeitura de Porto Ferreira denuncia homem que teria participado do Projeto S e tomado dose extra de vacina
Prefeito de Porto Ferreira demonstra indignação nas redes sociais e apela para que as pessoas tenham mais respeito e empatia

Prefeitura de Porto Ferreira denuncia homem que teria participado do Projeto S e tomado dose extra de vacina

Segundo o prefeito, ele teria se vacinado com duas doses da Coronavac em Serrana e depois tomou tomou dose da vacina Pfizer na cidade

O prefeito de Porto Ferreira, Rômulo Rippa (PSD), denunciou nas redes sociais o caso de um homem de 38 anos, sem a identidade divulgada, que supostamente tomou uma dose da vacina Pfizer depois de receber duas doses da imunizante Coronavac pelo Projeto S, em Serrana.

Segundo a prefeitura do município, o sistema que a secretaria da saúde utiliza para registrar as informações das doses, o VaciVida, estava fora do ar no dia da vacinação do homem. Para evitar atrasos no cronograma, a vacinação seguiu e o registro foi feito posteriormente, momento que descobriram ocorrido.

A Secretaria da Saúde de Porto Ferreira registou um boletim de ocorrência a pedido do prefeito sobre o assunto. No documento, são indicadas as provas da imunização irregular, bem como a identidade do homem. Além disso, a secretaria informou que também notificará o Ministério Público do Estado para que providências legais sejam aplicadas.

O Portal Revide entrou em contato com o Instituto Butantan, responsável pelo Projeto S, e de acordo com eles, o ocorrido é de responsabilidade das prefeituras, pois o instituto não poderia informar informações sobre os cadastros no projeto.

Quando contatada, a prefeitura de Porto Ferreira confirmou as alegações do perfeito e disse que, seguindo as orientações da Diretoria Regional de Saúde III, de Araraquara, a aplicação das vacinas passa a ser feita somente quando o sistema estiver operante.

A prefeitura de Serrana disse que não foi informada formalmente a respeito do ocorrido, nem pelo Departamento Regional de Saúde (DRS), nem pelo Ministério Público.

Estelionato

A pessoa flagrada omitindo informações sobre a imunização, com o objetivo de tomar uma terceira dose da vacina poderá responder por estelionato. A pena aplicada pode ser um a cinco anos de prisão, acrescida em um terço por ser praticada contra o poder público. Além disso, uma multa pode ser estipulada pelo juiz, que pela legislação estadual aprovada este ano, pode variar de R$ 49 mil a R$ 98 mil.

Indignação

O prefeito de Porto Ferreira demonstrou indignação nas redes sociais e apelou: “Registro aqui meu apelo para que as pessoas tenham mais respeito e empatia umas pelas outras. Existem milhares de brasileiros aguardando a oportunidade de receber uma dose do imunizante. Burlar a fila e o sistema é atentar contra a nossa própria sociedade”.

*Texto de Laura Oliveira


Foto: Governo de São Paulo

Compartilhar: