Prefeitura prevê 60 mil casos de dengue e zika até julho

Prefeitura prevê 60 mil casos de dengue e zika até julho

Previsão do secretário da Saúde, de 50 mil a 60 mil casos, foi feita com base nos dados de anos anteriores; cidade teve 4.748 casos em 2015

Ribeirão Preto pode chegar em julho com uma grande epidemia de dengue, com 50 mil a 60 mil casos de dengue e zika vírus. Em dezembro foram registrados 743 casos de dengue e a cidade tem também cinco casos de zika vírus, confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz. Em 2015 foram 4.748 casos de dengue contra 400 no ano anterior.

A previsão de grande epidemia foi feita pelo secretário municipal da Saúde, Stênio Miranda, durante entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, quando a prefeita Dárcy Vera (PSD) também anunciou o corte de verbas do carnaval para ajudar no financiamento do combate à dengue.

O secretário informou que fez um levantamento e que o combate ao mosquito Aedes aegypti deve ter um custo extra de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões, em ações preventivas, como limpeza, e de atendimento médico e realização de exames.

Stênio Miranda acredita que em janeiro o número de casos de dengue e zika vírus pode chegar a 2 mil, com o triplo, (6 mil em fevereiro) e novamente o dobro ou triplo em março (de 15 mil a 20 mil casos) e decréscimo em abril, mas ainda com registros acima dos 10 mil.

O cálculo levou em consideração epidemias de anos anteriores. Segundo o secretário, o ano dengue vai de julho de um ano a junho de outro. Ele lembrou que nos anos 2010/2011 e 2012/2013, quando foram registrados 29 mil casos e 13 mil casos, os números apontados de julho a dezembro eram bem menores que os 1.416 do ano passado.

“O que vemos neste ano (2015)é um acentuado e acelerado crescimento de casos, principalmente nos últimos meses, quando os casos triplicavam de um mês a outro”, comentou Stênio Miranda, lembrando que as condições climáticas de muita chuva auxilia a proliferação do mosquito transmissor das doenças.

Ações

O secretário também listou ações que estão sendo realizada no combate ao mosquito e no atendimento aos doentes. Ele tinha a previsão de contratar 20 agentes de combate a endemias em janeiro, mas o número pode chegar a 100. Em dezembro foram chamados 27 agentes.

A Prefeitura também está tentando contratar mais médicos e comprar equipamentos, como cadeiras de hidratação. Também já nomeou, com portarias publicadas no Diário Oficial do Município, 535 servidores que vão atuar em seus setores no combate a criadouros do mosquito.

Também serão capacitados alunos da rede municipal de ensino para serem agentes de endemias em suas escolas, para atuarem em suas casas e na vizinhança. Outra medida será pedir a participação dos integrantes do Programa de Integração Comunitária (PIC) na redução dos criadouros.

No atendimento aos doentes ficou designada Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) do Castelo Branco como referência.
 

Foto: Venilton Kuchler/ ANPr 

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