Procura por pílulas abortivas cresceu 108% no Brasil, afirma pesquisa
Busca por pílulas abortivas cresceu 108% no Brasil, afirma pesquisa

Procura por pílulas abortivas cresceu 108% no Brasil, afirma pesquisa

Estudo mostra que a busca pelo medicamento se tornou duas vezes maior no País após surto de Zika vírus

Com o surto do Zika vírus, gestantes temem as possíveis consequências do vírus Zika em seus fetos. Com isso, a busca por pílulas abortivas se tornou duas vezes maior no Brasil. O levantamento foi constatado pelo grupo Women on Web, um coletivo internacional em favor do aborto sediado em Amsterdã, na Holanda. Os dados foram publicados também no jornal científico The New England Journal of Medicine (NEJM). A pesquisa analisou o número de pedidos de abortivos, e não de procedimentos realizados.

Além de enviar por correio medicamentos para interromper a gravidez de mulheres que vivem em países onde o aborto é ilegal, como no caso do Brasil, exceto em casos de estupro, quando a vida da mãe corre perigo, a ONG da Holanda lançou uma campanha para ajudar grávidas que tivessem sido contaminadas com o Zika – e cujos bebês poderiam desenvolver microcefalia a cessar a gestação.

O estudo mostrou que os pedidos de remédios abortivos feitos entre novembro de 2015 e março deste ano dobraram no Brasil. Ao todo, 1.210 pedidos foram feitos de brasileiros, porém, o esperado pela ONG eram 581, o que corresponde ao aumento de 108%.

Outros países também tiveram aumento significativo em relação aos abortos. No Equador, os pedidos aumentaram 107,7%, em Honduras as solicitações pelos remédios aumentaram 75,7%, e na Venezuela 93,9%.

No Equador, os 34 pedidos esperados para o período passaram para 71. Na Venezuela, o aumento foi de 44,5 requisições para 86, e, em Honduras, de 20,5 para 36.

A Jamaica foi o único País deste grupo que não apresentou um aumento grande nas solicitações.


Foto: Divulgação Women on Web

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