Ribeirão Preto quer ajuda da OMS para combater a Zika
Secretário da Saúde, Stênio Miranda, confirmou que o município busca apoio da Organização Mundial da Saúde para o desenvolvimento de exames
Preocupados com o difícil diagnóstico do Zika vírus, a Prefeitura de Ribeirão Preto estuda pedir ajuda para Organização Mundial da Saúde (OMS), para poder saber como lidar com a situação com mais precisão e ter um panorama real da epidemia.
Na divulgação do boletim epidemiológico da dengue, Zika e chikungunya, nesta segunda-feira, 15, o secretário de Saúde de Ribeirão Preto, Stênio Miranda, sugeriu que o município deva acionar o Governo Federal para que consiga com a OMS, maneiras mais rápidas e mais baratas para a detecção do Zika vírus.
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Atualmente, apenas o Instituto Adolfo Lutz faz o exame RT-PCR, necessário para confirmação da doença, porém, segundo Stênio, esse é um processo muito caro e complexo. “Até lá, a nossa expectativa é que as universidades brasileiras consigam desenvolver algum método mais simples e barato, porque é totalmente necessário o município ter essas informações com mais antecedência, para podermos saber qual caminho seguir e nos prepararmos melhor”, afirmou o secretário.
Em janeiro, foram confirmados 11 casos de Zika vírus em Ribeirão Preto, entretanto, existe a suspeita de mais de 400 pessoas infectadas com o vírus, sendo que desses, 140 são gestantes, que apresentaram manchas no corpo e outros sintomas da doença, mesmo assim, apenas foi confirmada a Zika em uma grávida, que, segundo Stênio, ele mesmo deu o diagnóstico.
“As pessoas ainda desconhecem o problema. Essa gestante que foi confirmada com Zika, mal sabia os reais problemas que a doença pode trazer. Para ela, a microcefalia, era apenas o nascimento do bebê com a cabeça menor, porém ela desconhecia as outras sequelas que a Zika pode acarretar, como a cegueira, má formação cerebral e problemas na fala”, contou o secretário.
Para essa gestante confirmada com Zika vírus em janeiro, Stênio garantiu que a prefeitura ofereceu todos os cuidados para que possa ser feito um acompanhamento no pré-natal, e ele alerta para que as mulheres grávidas se protejam ao máximo, utilizando calças cumpridas e blusas de manga longa.
Foto: Arquivo Revide
