Saiba quais os diferentes tipos de vacina contra a H1N1

Saiba quais os diferentes tipos de vacina contra a H1N1

Quem tomou a vacina em 2015, deverá se imunizar novamente este ano

Com o surto do vírus da H1N1, muitas pessoas estão recorrendo ao mercado privado para se proteger contra a doença, porém, para quem tomar as doses restantes de 2015 será preciso se imunizar novamente este ano. 

Em nota, a Secretaria do Estado de Saúde afirma que todas as pessoas que tomaram as vacinas de 2015 também deverão ser vacinadas durante a campanha nacional de 2016, pois as doses têm composições distintas.

De acordo com o infectologista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP- USP), Fernando Bellissimo Rodrigues, todos os anos as doses das vacinas são atualizadas - este ano não é diferente.  “Normalmente de um ano para o outro os subtipos são atualizados, dependendo do vírus que estará circulando no país”, explica.

Em relação às vacinas antigas e as atualizadas, ele comenta que elas não mudam completamente, pois o vírus H1N1 começou a fazer parte da imunização desde 2010.

“Quem tomou a vacina do ano passado deverá tomar novamente. Assim, a pessoa poderá expandir a imunização para outros sorotipos, aqueles vírus que podem estar em circulação”, afirma.

O Ministério da Saúde também relata que a produção de vacinas contra a gripe é de acordo com os subtipos dos vírus encontrados em cada ano. “Elas são baseadas na circulação de vírus presentes no Hemisfério Norte, as quais, provavelmente, irão circular também no Hemisfério Sul”, disse a pasta.

Tipos

As vacinas contra a gripe oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelas clínicas particulares protegem contra a Influenza A, o vírus H1N1 e pela Influenza B.

A formulação definida pela Organização Mundial de Saúde para as vacinas Trivalente e Quadrivalente são praticamente as mesmas cepas.

Na Trivalente, são três tipos de cepas, que são: viral semelhante ao vírus A, que é H1N1 e H3N2 e viral semelhante ao vírus B.

Já na Quadrivalente, além de conter os três tipos na Trivalente, também contém uma cepa viral semelhante ao vírus B (Phuket). É um tipo de vacina que as clínicas particulares costumam oferecer. 

O médico comenta que não existe nenhum estudo clínico comprovando que a Quadrivalente salve mais vidas do que a Trivalente. “A diferença das vacinas do SUS e do setor privado é irrelevante”, aponta.

Bellissimo relata ainda que as vacinas são uma importante estratégia de prevenção da gripe e devem ser aplicadas anualmente nas populações de maior risco, como as crianças, os idosos, as gestantes, os portadores de diabetes mellitus, entre outros. “Nós, profissionais da saúde, também nos vacinamos anualmente para não atuar como elos da transmissão de gripe nos serviços de saúde”, diz.

Ele completa que na atual situação não há justificativa para vacinação geral e indiscriminada de toda a população.

Contraindicação

As contraindicações são para as pessoas que tem alergia grave ao ovo, pois as cepas são cultivadas neste alimento. Aqueles pacientes que estão com gripe, dengue e em estado febril também não devem tomar a vacina, aconselha o médico.

Foto: Carlos Natal 

Compartilhar: