Secretário da Saúde de Ribeirão alerta sobre cuidados com criadouros do Aedes aegypti no frio
Além da dengue, do zika e da chikungunya, o vírus mayaro é o novo alerta na cidade

Secretário da Saúde de Ribeirão alerta sobre cuidados com criadouros do Aedes aegypti no frio

Com quase seis mil casos de dengue na cidade, Sandro Scarpelini diz que controle no inverno deste ano afetará casos em 2020

O Secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Sandro Scarpelini alerta sobre os cuidados com os criadouros do Aedes aegypti no frio em Ribeirão Preto. Com quase seis mil casos de dengue confirmados neste ano, o médico diz que os números nos próximos anos depende do trabalho realizado neste final de outono e inverno, que começa no dia 21 de junho. “Agora, com o frio, a tendência é diminuir a quantidade de casos que envolvem as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes. Mas, no inverno, a campanha tem de ser maior para limpar os possíveis criadouros, caso contrário, no próximo ano, a coisa vai ser ainda superior”, fala Scarpelini.

A Prefeitura alerta para o risco de uma epidemia de dengue. “Comparado ao que tem acontecido no estado, nossa situação é razoável. Infelizmente, tivemos dois óbitos, mas o trabalho não para, pois o frio é um período que as pessoas baixam a guarda. Não tem como segurarmos esses vírus. As equipes de controles de vetores fazem o trabalho, mas é óbvio que a população tem que colaborar deixando os profissionais entrar, além de tomar conta da própria residência, pois esses mosquitos procriam com muita facilidade”.

Vírus Mayaro

Além da dengue, do zika e da chikungunya, o vírus mayaro é um novo alerta. Não há casos de pessoas infectadas na cidade, mas o alerta já foi criado. O secretário explica que este pode ser transmitido até por mosquitos mais fáceis de encontrar como o Culex quinquefasciatus (pernilongo). “Ele tem uma característica um pouco mais complicada, aparentemente aquele mosquito mais comum também pode transmitir, mas ainda é muito cedo. Até agora nada de grave para a cidade que tem um fluxo muito grande de turistas, negócios e pessoas de passagem. Ao longo do ano recebemos pessoas de outras regiões e depois voltam a origem. Nosso país é assim e não existe um controle. Foi assim que o vírus chegou até nós. O mayaro é uma novidade.Ele é mais um vírus para a nossa região”, conclui Scarpelini.


Foto: Pedro Gomes

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