SP é o Estado com menor diferença no número de médicos entre Capital e interior
Capital de São Paulo possui 4,98 médicos por mil habitantes, enquanto o interior tem a razão de 2,02 profissionais

SP é o Estado com menor diferença no número de médicos entre Capital e interior

Pesquisa da USP revela que a capital paulista tem 2,4 vezes mais profissionais por habitante do que no interior; média nacional é de 4 vezes

O Estado de São Paulo é o que menos apresenta diferença no número de médicos entre Capital e interior, segundo a pesquisa Demografia Médica 2018, realizada pela Faculdade de Medicina de São Paulo (USP), com apoio institucional do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Os dados apontam que a capital de São Paulo tem 2,4 vezes mais médicos por habitante do que no interior do Estado, menor indicador entre todas as unidades federativas do País. Em contrapartida, a média nacional das capitais brasileiras apresentam 4 vezes mais profissionais nas capitais, em relação aos municípios do interior.

Representando menos de um quarto da população do País, as capitais brasileiras possuem mais da metade dos registros de médicos em atividade. A razão das 27 capitais é de 5,07 médicos por mil habitantes, enquanto no interior o mesmo índice é de 1,28 - quase quatro vezes menor, o que revela uma vasta desigualdade na quantidade de médicos entre os dois polos.

Somente na capital de São Paulo, vivem 47,3% dos médicos do Estado, ante os 52,7% que atuam no interior paulista que, apesar disso, apresenta a razão de 2,02 médicos por mil moradores. A Capital, com 4,98, indica uma diferença de 2,46 a mais que no interior.

A presença de grandes centros médicos no interior paulista justifica o menor indicador de São Paulo. “O número de médicos no país aumenta, a cada ano, mas ainda há extrema desigualdade na distribuição dos profissionais. No interior de São Paulo, contamos com hospitais de referência em Campinas, Ribeirão Preto, Botucatu e outros municípios, que oferecem atendimento de qualidade e boas condições aos médicos”, explica Lavínio Nilton Camarim, presidente do Cremesp.

Em seguida, vêm os estados do Mato Grosso do Sul (2,51) e do Rio de Janeiro (2,83), com os melhores índices nacionais. As piores relações capital-interior do país se encontram na região Norte-Nordeste. O Sergipe possui o pior índice do Brasil, com 28,47 mais médicos por habitante na Capital do que no interior do Estado, seguido de Maranhão (13,98), Amazonas e Alagoas (12,37) e Pernambuco (11,78).

De acordo com o indicador de desigualdade da Demografia Médica 2018 (razão de médicos por mil habitantes da capital sobre o interior), a região Sudeste possui o menor índice com 2,97, seguida das regiões Sul (4,89), Centro-Oeste (5,03), Norte (5,75) e Nordeste (8,41).

O Estado de São Paulo abriga o maior número de médicos do País, com 126.687 profissionais. O sexo feminino corresponde a 45,4% do total e a média de idade de médicos no Estado é de 45,3 anos. A maior parte dos médicos (65,5%) possui pelo menos um título de especialista e há 1,9 especialista para cada médico generalista, sem especialidade.


Foto: Pixabay

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