Teleconsulta reduziu em 40% fluxo de pacientes nos ambulatórios do HC Ribeirão Preto
Médicos também fazem interação com consultas a pacientes que precisam de atenção de mais de uma especialidade

Teleconsulta reduziu em 40% fluxo de pacientes nos ambulatórios do HC Ribeirão Preto

Após a autorização do uso da ferramenta pelo Ministério da Saúde, por conta da pandemia, hospital planeja manter sistema de atendimento on-line

O uso da telemedicina no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, por conta da pandemia do novo coronavírus, reduziu em até 40% a circulação nos ambulatórios do hospital. Hoje, 35% dos pacientes estão com atendimento on-line e o uso da ferramenta deve ser mantido no HC mesmo depois da pandemia.

Segundo o Dr. Antônio Pazin Filho, médico do departamento de atenção à saúde do HC, o método está trazendo bons resultados. "Eu, particularmente, acredito que é uma revolução que veio para ficar. Porque o benefício que ela traz é muito grande, único problema que eventualmente vem a acontecer é o paciente não conseguir se conectar no momento da consulta, com um problema na internet dele. Mas nada que não possa ser reagendado e readequado.”

Pilares

O sistema de teleconsultas no HC, que começou em dezembro de 2020, foi dividido em três pilares para obter melhor resultado: a teleorientação, com o intuito de tirar dúvidas e orientar pacientes via telefone ou vídeo, mantendo o vínculo entre médico e paciente; telemonitoramento, quando o paciente já está acostumado com o tratamento da doença; e a interação médico x médico, em forma de interconsulta para auxiliar outro médico a fazer um diagnóstico que não seja acostumado, evitando o deslocamento do paciente.  

Mas, para que tudo isso acontecesse, foi preciso um estudo profundo. O primeiro passo foi a classificação dos 180 ambulatórios do Hospital das Clínicas, direcionando as doenças especificas. Elas foram classificadas em A1, A2 e A3, sendo A3 o menos grave e A1 o mais grave. Depois disso, cada médico fez uma classificação dos seus pacientes, em P1, P2 e P3. Sendo P1, o paciente que não pode ser consultado à distância e P3 o que potencialmente pode aguardar o acompanhamento em casa.

O sistema vem sendo aprimorado e até mesmo um sistema de telefonia dentro do hospital foi desenvolvido, que permite o envio de um link ao paciente e o atendimento por vídeo conferência. O link possui uma série de garantias de segurança e é registrado no prontuário eletrônico de cada um.

As teleconsultas são ainda mais importantes para os pacientes que moram em cidades da região de Ribeirão Preto e precisam viajar até o HC. O sistema evita deslocamentos semanais e aglomeração, pois normalmente esses pacientes ficam o dia todo no hospital. Da mesma forma, permite o atendimento com mais segurança aos pacientes que, de fato, precisam estar no hospital. Isso também garante a segurança dos profissionais de saúde.


Foto: Arquivo Pessoal

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