Tratamento precoce é essencial para evitar transmissão da Hanseníase

Tratamento precoce é essencial para evitar transmissão da Hanseníase

Dermatologista alerta para a importância do diagnóstico e tratamento rápidos da hanseníase, uma doença negligenciada que afeta o Brasil

Com quase 200 mil casos por ano, o Brasil é o segundo país do mundo em tratamento de hanseníase. A doença, muitas vezes estigmatizada, requer atenção desde o início para evitar a sua transmissão. O tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) está disponível, mas a falta de informação ainda é um obstáculo para a população. Maria Angela Bianconcini Trindade, dermatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, destaca a necessidade de abordagens multidisciplinares para combater a doença.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hanseníase foi classificada como uma das doenças tropicais negligenciadas, devido ao seu impacto nas regiões tropicais e na população de baixa visibilidade política e social. No entanto, o Brasil enfrenta desafios para eliminar a doença, mesmo com o tratamento eficaz disponível nas unidades básicas de saúde.

 

No livro "Ensino e Pesquisa na Atenção à Hanseníase no Estado de São Paulo", organizado por Maria Angela Bianconcini Trindade, Tereza Etsuko da Costa Rosa, Maria do Carmo Castiglioni e Selma Lancman, são abordados diversos aspectos relacionados à hanseníase, visando ampliar o conhecimento sobre a doença.

 

Apesar das possibilidades de tratamento, a hanseníase continua sendo um problema de saúde pública. A dermatologista Maria Angela ressalta que cerca de 200 mil casos são diagnosticados anualmente no Brasil. Ela enfatiza a importância de divulgar informações sobre os sinais e sintomas iniciais da doença, além de garantir a estabilidade nos serviços de saúde para um diagnóstico precoce e um tratamento adequado. O combate à hanseníase requer abordagens multidisciplinares que envolvam áreas como história, geografia, educação e antropologia, integrando a saúde em uma perspectiva ampla.


Foto por Rhúbia RIbeiro e Marcos Bassetti

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