USP Ribeirão Preto desenvolve aplicativo para autonomia de crianças com diabetes
Em breve, o aplicativo estará disponível para o público

USP Ribeirão Preto desenvolve aplicativo para autonomia de crianças com diabetes

O app, ainda em fase de testes, propõe o acompanhamento em tempo real da rotina do paciente pelo profissional de saúde

Pesquisadora Priscila Ramos de Queiroz Amaral | Foto: divulgação/ arquivo pessoalUma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da USP, promete dar autonomia às crianças com diabetes mellitus. Para os cuidados com a própria saúde dos pequenos, os pesquisadores desenvolveram o aplicativo "CarboTower".

A ferramenta, elaborada especialmente para uso de crianças e seus familiares, tem formato lúdico e educativo. O objetivo, segundo a pesquisadora responsável Priscilla Ramos de Queiroz Amaral e sua orientadora, a professora Luciana Mara Monti Fonseca, é estimular positivamente a adesão ao tratamento proposto.

“No contexto da era digital, as ferramentas educacionais inovadoras podem auxiliar na aprendizagem sendo motivadoras e inclusivas para a população, daí a importância do desenvolvimento de materiais educativos de qualidade como este”, explica a professora Luciana.

A novidade representa resposta à lacuna do mercado nacional por um produto feito sob medida para esse público que, segundo a pesquisadora da USP, é expressivo. Priscilla afirma que a incidência do diabetes mellitus infantil é alta e acarreta mudanças de vida importantes, principalmente na alimentação. “E é aí que entra o ‘CarboTower’ para monitorar a alimentação de maneira mais fácil e divertida”. 

Mas Priscilla adianta não se tratar apenas de um contador de carboidratos lúdico. A partir da inserção de dados, como a quantidade da alimentação diária, dividida por horários; as doses de insulina e os valores do teste de glicemia capilar, o app traça toda a rotina da criança, contabilizando suas ações e orientando atitudes a tomar em tempo real.

AplicativoO sistema também permite interação com o profissional de saúde, como médico, enfermeiro e nutricionista, por exemplo, que acompanha a criança, Com acesso às informações, o “profissional pode intervir rapidamente, quando necessário”, dizem as pesquisadoras.

Além dos profissionais, os pais também têm espaço no “CarboTower”. Como tratar dessas crianças exige muitos cuidados, os pesquisadores incluíram ferramentas que facilitam esse processo e promovem a integração dos familiares. Priscilla justifica essa característica do aplicativo afirmando que “os pais devem estar inseridos neste plano de cuidados e fazer parte dele para que seja realizado de forma adequada e efetiva”.

O aplicativo ainda não está disponível para o público. “Algumas etapas de testes precisam ser finalizadas antes do teste final com os usuários”; mas as pesquisadoras prometem que “tão logo finalizado, o “CarboTower” poderá ser adquirido nas principais plataformas de acesso”.

O “CarboTower” é resultado de estudos do Grupo de Pesquisa de Enfermagem no Cuidado à Criança e ao Adolescente (GPECCA) da EERP que também integra o mestrado de Priscilla Ramos de Queiroz Amaral, com orientação da professora Luciana Mara Monti Fonseca.

*Com informações do Serviço de Comunicação da USP Ribeirão Preto 


Foto: Pixabay e Divulgação

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