Com o passaporte carimbado para o Vale do Silício

Com o passaporte carimbado para o Vale do Silício

Estudante cria aplicativo e sonha se tornar o novo gênio da internet

Gabriel Cantarin não entendia como uma 'pessoa legal' como ele não ganhava mais seguidores no Twitter. Em uma conversa com um professor da faculdade, ele ouviu do mestre para parar de se lamentar e criar algo pra resolver o problema.

A ideia cresceu, e embarcou com Gabriel para os Estado norte-americano da Califórnia, onde ele pretende se tornar o mais novo gênio do Vale do Silício. Gabriel é estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Fatec de Taquaritinga, e apresentará para investidores o Waving, “uma rede social para pessoas que estão por perto”.

A rede social tem ferramentas semelhantes ao Facebook, como perfil, timeline, feed, postagem de fotos, vídeos, compartilhamentos e chat. O diferencial é a possiblidade de visualizar na tela o que acontece ao redor e conhecer novas pessoas que estão próximas ao local em que o usuário se encontra.

“Eu, mesmo sendo muito legal, não ganho seguidores no Twitter (risos). Daí comecei pensar a causa disso. Cheguei à conclusão de que eu trabalhava de dia e estudava à noite e simplesmente por isso não conhecia novas pessoas. ‘Pô, alguém perto de mim curte o que eu gosto’", concluiu. E foi a partir disso que surgiu o primeiro modelo do Waving.

Junto com o sócio, Charleston Anjos, e com o professor e mentor, Gustavo de Souza, Gabriel descobriu que não era só ele que se deparava com esse problema. Em pesquisa de campo, ele descobriu que 70% das pessoas têm vergonha de se apresentar a um desconhecido pessoalmente, e por isso resolveu criar a plataforma on-line.

Mas para isso, Gabriel terá muito trabalho. Primeiro terá que convencer investidores a desembolsarem US$ 500 mil para finalização de três aplicativos móveis – para IOS, Android e Windows Phone –, trabalhar o marketing do projeto, além de aspectos jurídicos e burocráticos.

“A ideia chamou atenção pela sua essência criativa e inovadora, e também por ter um plano de negócios bem estruturado com alto potencial de mercado”, destaca Gustavo, que publicou o projeto em um site – angel.co – que visa reunir novas start-up’s.

Gabriel já embarcou para os Estados Unidos, e espera o dia 19 de fevereiro chegar para ver a ideia sair da cabeça. Enquanto isso, busca aprender mais na capital mundial da tecnologia, e nem liga se as pessoas acharem que está criando um novo aplicativo de namoro.

“Minha missão é conectar as pessoas, o uso que fariam disso é por conta do usuário. Snapchat não foi feito pra mandar ‘nudes’, e olha só como ele é usado (risos)”, diverte-se Gabriel para espantar a ansiedade.


Foto: Divulgação

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