Jovens criam projeto com drone que leva remédios a idosos

Jovens criam projeto com drone que leva remédios a idosos

Projeto da USP é voltado especificamente para a população idosa, uma das principais consumidoras da indústria de medicamentos

Quatro estudantes da USP de São Carlos conquistaram US$ 10 mil por terem ficado em primeiro lugar no Hackathon Code4Inclusion MasterCard. Eles idealizaram um projeto beneficiando os idosos com a compra de medicamentos por meio de aplicativos e entregando os produtos na porta de casa diretamente por um drone.

A competição aconteceu neste mês, em Miami (EUA). Ela foi realizada durante o Fórum de Inovação da MasterCard para a América Latina e Caribe (LAC).

Os universitários ganhadores dos prêmios são Bruno Lemos, que faz Sistemas de Informação no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC); Pedro Góes, que estuda Engenharia de Computação, curso que é oferecido em parceira pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC); Vinicius Neris, aluno de Engenharia Mecânica na EESC e o recém-formado em Engenharia de Produção nas Faculdades de Campinas (Facamp), Renato Rodrigues.

No Hackathon Code4Inclusion MasterCard, a meta era apresentar soluções que beneficiassem a sociedade com o foco na eliminação do uso do papel dinheiro e na promoção da inclusão financeira.

Segundo um dos estudantes brasileiros, Bruno Lemos, o aplicativo permite que a pessoa salve uma lista com os medicamentos que toma frequentemente e os receba por delivery em sua casa. “Você também pode selecionar em que dias e horários deve tomá-los, para ser lembrado. Quando a quantidade estiver acabando, novas unidades serão solicitadas para a farmácia automaticamente”, frisa.

Com 24 horas de competição, os idealizadores do projeto tiveram que criar e inovar suas ideias em uma versão simplificada de um produto. É o que eles chamam de produto viável mínimo ou MVP (sigla para Minimum Viable Product). “Eles testam nossa capacidade de realização e inovação nas 24 horas de competição”, destaca.

Durante o evento, os jovens enfrentaram um desafio adicional: tiveram que apresentar a proposta em inglês para mais de 300 jurados, a maioria investidores e líderes da indústria financeira que estavam presentes. E a apresentação durou apenas dois minutos.

O MonkeyDoc tem como foco o mercado farmacêutico global, que tem lucro estimado de US$ 300 bilhões por ano e segue crescendo, estimando-se que alcance US$ 400 bilhões nos próximos três anos. O grupo de universitários pensou em um projeto voltado especificamente para a população idosa, sendo uma das principais consumidoras dessa indústria, a qual necessita de soluções que facilitem a maneira como compram e recebem seus medicamentos. Por isso, o aplicativo criado pela equipe é fácil de usar e possui botões maiores. 

 “Esse prêmio é o reconhecimento de que somos capazes de nos destacar mesmo em situações de forte concorrência. Isso pode nos abrir diversas portas no futuro”, conclui Lemos.

 

Foto: Divulgação e Arquivo Pessoal 

 

 

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