Atualizando a playlist

Atualizando a playlist

Aplicativos especializados facilitam o acesso a diferentes estilos musicais e ampliam repertório dos jovens

*Matéria publicada na edição 1100 da revista Revide.

Spotify, Deezer, YouTube, Amazon Music: essas são algumas das tantas opções de aplicativos com a finalidade de consumir músicas, montar playlists e compartilhar com os amigos os diferentes ritmos. Ouvir uma música no século 21 é uma atividade simples. Com apenas alguns cliques, é possível, em qualquer lugar, ter acesso a milhões de artistas de todo canto do mundo, mas nem sempre foi assim.

Os primeiros aparelhos capazes de gravar e reproduzir um som registrado na hora, de maneira totalmente mecânica, foram os fonógrafos e os gramofones. Já na década de 1920, surgiram as fitas magnéticas. Além de músicas, era possível a gravação de áudio – nomeada como mixagem –, que, para a época, permitiam boa qualidade e portabilidade. Logo após, no fim da década de 1940, o disco de vinil chegava ao mercado. Trabalhado no PVC, registrava a música em microrrachaduras, que eram reproduzidas

por um toca-discos através de uma agulha. A fascinante fita cassete reinou de 1970 a 1990, com a inovação de dois rolos de fita e todo seu mecanismo de movimentação dentro de uma caixa plástica, facilitando a vida de todos. 

A partir dos anos 80, caminhar até o supermercado ouvindo seu som favorito se tornou realidade. O Walkman, um tocador portátil, chegou as nossas mãos e ouvidos, primeiro reproduzindo fitas e depois CDs. Foi uma verdadeira revolução no mercado. Paralelo ao CD, ao final dos anos 90, o áudio digital se tornava ainda mais tecnológico com a chegada do aparelho MP3. Pela primeira vez, era possível não só reproduzir músicas, como armazená-las em um aparelho pequeno, leve e de baixo custo. 

Os aplicativos

Agora, estamos na era dos famosos ‘APPs’. Eles são, sem dúvida, a principal forma de consumo de músicas no dia-a-dia, pois oferecem fácil acesso à um diversificado acervo, contemplando todos os gostos. Mesmo que o estilo preferido de Ana Júlia Hernandes, 20 anos, seja o sertanejo raiz, nada de escutar o som como antigamente. A estudante utiliza o Youtube, de forma gratuita. Lá, estão todas as músicas que curte, além de recomendações interessantes que são apresentadas conforme seu acesso frequente na rede.

“Brinco que o sertanejo é meu estilo favorito desde quando me conheço por gente, porque já escutava da barriga da minha mãe. Meu pai sempre colocava no carro Leandro e Leonardo. Sempre que eu tenho tempo, paro para ouvir as músicas que gosto, principalmente em churrasco. Já ouviu falar em churrasco sem sertanejo? Não existe. E por conta de algumas músicas serem mais antigas, elas não estão em alguns aplicativos pagos. Por isso acabo escolhendo e usando mais o Youtube”, conta. 

Ana Júlia, Lorena e Samia

A música costuma despertar nas pessoas grandes emoções, não só pelas letras ou pelas melodias, mas por carregarem memórias para quem as escuta. No caso de Lorena Marcheto, 20 anos, é difícil escolher só um estilo musical como seu preferido. Porém, desde seus 11 anos, o pop vem se destacando. Foi nessa época que começou a escutar mais este estilo nas rádios e comentar com amigos da escola. Ela consome seu estilo musical através do Spotify há mais de seis anos. Está sempre em dia com suas playlists e atualizada com os lançamentos. Ao mesmo tempo, confessa que o vinil é outro meio que desperta curiosidade. “Se fosse para escolher outro meio de ouvir música, acho que seria vinil ou voltaria para o CD. Acredito que ouvir o álbum completo do artista, conforme ele propõe, é um diferencial. De alguma forma, a ordem das músicas é pensada”, ressalta Lorena. 

Para Sâmia Lima, de 23 anos, dentre todos os estilos, o que destaca como seu preferido é o metal. Segundo ela, o ritmo, a harmonia e a melodia são encantadores. “Ouço desde pequena e é minha grande paixão. O som é incrivelmente cativante e as músicas vão fluindo com leveza”, diz a jovem, que também é fã dos discos de vinil. Independente dos meios, uma coisa é certa: basta digitar ‘música’ em qualquer navegador que será possível encontrar diferentes ritmos, letras, emoções, estilos e cores. Isso mesmo, cores! Aliás, hoje em dia uma música também está ligada diretamente com a arte visual que a compõe ao ser divulgada. Dando oportunidade aos clipes, acompanhado de todo o enredo que a música tem intenção de se promover. 

Fonte: Spotify


Fotos: Revide

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