Jovens que fazem a diferença

Jovens que fazem a diferença

Voluntários arregaçam as mangas e lutam por um mundo melhor por meio da solidariedade

É comum pensarem que os jovens passam todo o tempo livre mexendo no celular. Mas, em Ribeirão Preto, há adolescentes que vão além e utilizam seus momentos de lazer para ajudar o próximo, colocando a solidariedade, de fato, em prática. A Revide foi atrás de algumas dessas pessoas que, mesmo tão novas, disponibilizam seus talentos para colaborar com quem precisa. A estudante Sofia Gonçalves de Oliveira, de 16 anos, é vice-presidente do Interact, um grupo de jovens voluntários, entre 12 e 18 anos, que é patrocinado por um Rotary Club. O projeto social tem o intuito de formar líderes e ajudar a sociedade. De acordo com ela, o trabalho traz leveza, alegria e esperança, como se o mundo ainda pudesse mudar e se tornar um lugar melhor. “Decidi ser voluntária porque não gostava de como via o mundo, onde ninguém ligava para o próximo. Entrei nessa por acreditar em um mundo melhor, onde as pessoas fazem o bem sem lucro algum”, afirma. Sofia, assim como os outros jovens que participam do Interact, levam diversão para instituições sociais e comunidades de Ribeirão Preto.

Presidente do Interact, a estudante Júlia Abdou, de 14 anos, ajuda na organização e na realização de projetos solidários. Com o trabalho voluntário, ela acredita que aprendeu lições valiosas. “Sempre que você pode ajudar alguém, ajude. São pequenas ações, mas com significados enormes. Ajudar é uma ação que só tem privilégios e não tem dinheiro que compre a sensação de ver a felicidade do outro”, defende. Júlia ainda ressalta a importância da aprendizagem e a reflexão que o voluntariado traz. “Aprendemos a dar valor em certas coisas, a compartilhar e, o mais óbvio, ajudar o próximo”, explica.

Para a estudante Sophia Gabriela Almeida dos Santos, de 16 anos, que também faz parte do grupo Interact, o trabalho voluntário a ajudou de muitas formas. “Acabou com a minha timidez, aumentou o meu ciclo de amizades e me fez querer ajudar cada vez mais”, garante. Ela ainda completa que é muito bom colocar adolescentes para participar de ações sociais. “Nem todos têm uma visão de como a vida é difícil para muitas pessoas e, com esses projetos, os jovens conseguem ver que ajudar o próximo é gratificante”, detalha.

Já o estudante Hugo Campos Machado da Silva, de 18 anos, usa o seu talento no projeto “Música para Independência”. É uma iniciativa própria que, em parceria com a Secretaria Cultural de Cravinhos, doou violões para jovens que demonstravam grande interesse na área, mas não tinham condição financeira para realizar esse sonho. Hugo ainda oferece aulas gratuitas que abordam desde as mecânicas do violão até uma introdução para a formação de acordes. “A música é uma parte essencial de quem eu sou. Principalmente durante momentos estressantes. É tocando e compondo músicas que consigo recarregar as energias e expressar o que há na minha mente. Quero proporcionar isso para mais pessoas”, finaliza.


Fotos: Arquivo Pessoal

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