Estados Unidos liberam a entrada de brasileiros sem necessidade de quarentena
Para entrar no país é necessário apresentar teste negativo para a Covid-19

Estados Unidos liberam a entrada de brasileiros sem necessidade de quarentena

Agente de viagens de Ribeirão Preto explica o que deve ser feito para entrar nos Estados Unidos

No começo do mês de novembro, os Estados Unidos liberou a entrada de estrangeiros sem a obrigatoriedade da quarentena em um terceiro país. No entanto, o anúncio feito pelo governo inclui algumas restrições, entre elas, realizar o teste para a Covid-19 e estar vacinado contra a doença.

Antes, para que um brasileiro pisasse em solo norte-americano, era necessário passar por uma quarentena de no mínimo 14 dias em um país que não possua restrições para os EUA. Os destinos mais visados eram  o México e a República Dominicana. 

Renata Thomazim Naves, proprietária da agência Naves Viagens, especialista em viagens para Disney, explica que, agora, para entrar nos EUA, é necessário estar vacinado e apresentar o teste PCR ou antígeno, com três dias de antecedência da viagem. Além de levar uma cópia impressa ou salva no celular por precaução. Segundo ela, menores de 18 anos não precisam estar vacinados, mas, precisam apresentar teste negativo para Covid a partir de dois anos de idade.

Atualmente, os Estados Unidos aceitam todas as vacinas aprovadas para uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), incluindo a CoronaVac, produzida pelo instituto Butantan.“A vacinação deve estar completa, contando 14 dias depois da última aplicação para a viagem”, detalha Renata.

Renata Naves da dicas para planejar viagem para os Estados Unidos

Planejando a viagem

Para começar a se planejar para sair do país, é imprescindível a emissão do visto americano, entre outros documentos como, passaporte com validade de até seis meses da data de retorno da viagem e comprovante de vacinação emitido pelo Conect Sus na versão em inglês. “Os consulados já voltaram os atendimentos e a fila está bem grande! Durante a pandemia os agendamentos não pararam, mesmo com o Consulado fechado, tem entrevista agendada até dia 22 de dezembro”, alerta. Renata ressalta ainda a importância de consultar um agente de viagem ou o site da companhia aérea para checar os documentos necessários, já que podem sofrer alterações.

Somado a isso, a empresária aconselha que os passageiros tenham o seguro de viagem. “Não é obrigatório, mas, é extremamente recomendado! A saúde nos Estados Unidos é cara, ainda mais com a cotação do dólar do jeito que está, garanto que é muito mais barato pagar um seguro do que uma consulta, caso precise. Antigamente, os seguros não cobriam gastos relacionados a pandemia, mas agora, tiveram que se ajustar, e todos cobrem internação de covid caso seja necessário”, explica.

Viajando durante a pandemia

O ribeirãopretano Jonas Duran, de 26 anos, vive atualmente nos Estados Unidos para jogar futebol e estudar administração e finanças na faculdade de Marion, Indiana. Durante a pandemia, voltou para o Brasil duas vezes, uma no começo do ano e outra no final.

“Para entrar nos Estados Unidos durante a pandemia foi bem complicado, porque no Brasil, o número de casos e mortes só crescia. Na primeira vez que voltei para os Estados Unidos, tive que fazer a quarentena no México. Já na segunda eu esperei, fiquei no Brasil e fiz meu semestre da faculdade online, não tinha dinheiro para ir para o México de novo, então, eu esperei mudarem a lei para quem tem visto de estudante ou trabalho poder ir direto para os Estados Unidos, sem ter que fazer a quarentena em um terceiro país ”, explica.

Por mais que o processo de entrada o país tenha sido mais fácil após a alteração da lei, Duran conta que acabou sendo prejudicado por não poder voltar antes. “Por um lado, foi bom ficar no Brasil mais tempo, fazer o semestre online, ficar com a minha família, mas, em relação a faculdade, ao futebol, eu poderia perder parte da minha bolsa, por conta dos jogos que eu não compareci, e no semestre online foi mais complicado para entender as aulas”, complementa.

Jonas Duran conta sua experiência viajando durante a pandemia


Foto: Pixabay

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