Motoqueiro viaja 13 mil km para conhecer legado deixado pelos Incas
O procurador federal Gustavo Ricchini passou por seis países, entre eles o Peru, na viagem que durou 40 dias

Motoqueiro viaja 13 mil km para conhecer legado deixado pelos Incas

Gustavo Ricchini conta a história no livro “Rutas Incas Moto Expedição”, que tem a renda revertida para instituição de caridade de Ribeirão Preto

Entre a papelada com a qual um procurador federal tem de lidar diariamente, Gustavo Ricchini também nutre sonhos e experiências em duas rodas. Com sua moto, ele partiu de Ribeirão Preto e viajou 13 mil quilômetros por 40 dias para desbravar os vestígios de um dos maiores impérios que continente americano já viu: o Império Inca.

Os relatos sobre a experiência e imagens estão reunidos no livro “Rutas Incas Moto Expedição”, lançado em novembro no Salão Duas Rodas, em São Paulo. A renda arrecadada com a venda da publicação será totalmente revertida para a Casa das Mangueiras, que realiza projetos sociais em prol de crianças carentes em Ribeirão Preto, como a realização de oficinas artísticas.

A viagem é um antigo sonho de Ricchini de conhecer a América do Sul de motocicleta. Tudo começou no monumento “Ao Motoqueiro”, em Ribeirão Preto, e passou por Bolívia, Peru, Chile, Argentina e Paraguai.

Além dos tombos, a viagem contou com alguns contratempos, como uma nevasca inesperada nos Andes que chegou a congelar a viseira do capacete e a filmadora, pernoites em hospedagens rústicas, em que teve de “compartilhar” a cama com gatos e cachorros, dias sem banho, manifestações da população local – armada e com explosivos - além de ter se perdido no Salar de Uyuni, um gigantesco deserto de sal na Bolívia.

“O local mais impressionante foi o Salar de Uyuni, na Bolívia. Por ser o maior deserto de sal do mundo, é possível pilotar a moto sem qualquer ponto de referência no meio de uma imensidão branca. Algo surreal. Foi a melhor sensação de liberdade que já senti em toda minha vida”, se recorda Ricchini.

A expedição também contou com momentos muito especiais, como o convite para participar de um sarau organizado pelos nativos da Cratera de Maragua, também na Bolívia. “Apesar de viajar sozinho durante a maior parte da expedição, fiz muitas amizades pelo caminho e contei com a preciosa ajuda de desconhecidos. Voltei com a certeza de que independentemente do lugar ou da situação, sempre é possível encontrar uma forma de fazer bem ao próximo”, conta Ricchini.

Ele ainda diz que a viagem foi repleta de outras histórias, como a felicidade das crianças que recebiam as bexigas que ele levou na bagagem e distribuiu pelo caminho. “Durante os preparativos da viagem, tentei encontrar uma forma de alegrar as pessoas que encontraria pelo caminho. Precisava de algo leve, barato e que não ocupasse muito espaço. Alguns dias antes da partida, me deparei com um saco de bexigas na gôndola do supermercado. Pronto. Era tudo que eu precisava”, lembra o procurador.

E ele não quer parar por aí: pretende continuar as viagens e conhecer o mundo sobre duas rodas.

Os interessados em comprar o livro podem depositar o valor do exemplar (R$ 49) direto na conta da Casa das Mangueiras, instituição beneficiada pela iniciativa. Aí, é preciso enviar o comprovante de pagamento e o endereço de entrega para o e-mail [email protected]. O frete é grátis.  

Os dados da conta para o pagamento é:

Organização Vida Nova/Escola Experimental Casa das Mangueiras.
Banco: Sicoob
Banco 756. Agência 3214. Conta-corrente 40329-6. O CNPJ é 46.940.680/0001-24


Foto: Arquivo Pessoal

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