Casos de violência contra mulher aumentam durante pandemia em Ribeirão Preto
As denunciam podem ser feitas nos canais municipais, por meio da Fale Assistência Social (FAS)

Casos de violência contra mulher aumentam durante pandemia em Ribeirão Preto

Núcleo de Atendimento Especializado registra um aumento de 31% nos atendimentos em 2021

Os casos de violência contra a mulher cresceram 31% no primeiro semestre de 2021 em Ribeirão Preto, na comparação com o mesmo período de 2020. Segundo os dados do Núcleo de Atendimento Especializado a Mulher (Naem), foram 387 atendimentos no primeiro semestre deste ano, contra 295 no mesmo período de 2020.

Dados disponibilizados pelo 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que três mulheres morrem por feminicídio e 30 sofrem agressão física a cara hora. Em Ribeirão Preto, ainda segundo o levantamento do Naem, da Secretaria de Assistência Social, depois do início da pandemia, em março de 2020, houve um aumento de 30% nos casos de violência contra a mulher. Foram 814 atendimentos até dezembro, contra 644 no mesmo período de 2019.

Segundo Laura Aguiar, diretora do Departamento de Proteção Social Especial, o crescente número de casos de violência contra a mulher está diretamente relacionado com o início da pandemia de Covid-19. “A pandemia, essa permanência dos membros da família em casa, sem atividades externas, contribuiu para intensificar os conflitos e as vivências de violência intrafamiliar”, diz a diretora.

São, em média, 80 mulheres por mês que são atendidas pela Naem em Ribeirão. Todas as vítimas são encaminhadas por determinação judicial à serviços socioassistenciais, como a Delegacia de Defesa da Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, entre outros.

Atendimento

O Naem também atende vítimas por demanda espontânea e busca ativa. “A vítima poderá procurar os serviços que nomeamos como porta de entrada. São eles: o Naem, por meio de ligação telefônica, WhatsApp, e-mail e/ou pessoalmente; a Delegacia de Defesa da Mulher - DDM, pessoalmente para registro de Boletim de Ocorrência”, explica Maria Patrícia Tadeschi, coordenadora do projeto.

As denunciam podem ser feitas nos canais municipais, por meio da Fale Assistência Social (FAS), pelos números 161, 0800 7730161 e 3610 0687.


Foto: Divulgação

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