Virada Cultural custa R$ 76 mil para Ribeirão Preto
Evento acontece em Ribeirão Preto nos dias 28 e 29 de maio

Virada Cultural custa R$ 76 mil para Ribeirão Preto

Verba necessária foi o motivo do cancelamento do evento em Campinas (SP)

Quando o Portal Revide publicou em primeira mão o valor que Ribeirão Preto pode gastar com a passagem da Tocha Olímpica pela cidade – R$ 60 mil, de acordo com a própria prefeitura, que encontrou um patrocinador para o revezamento (leia mais abaixo) – muitos moradores se mostraram contrários ao valor gasto, alegando que isso poderia ser aplicado de outra maneira.

A reclamação aumentou semanas depois, quando na última sexta-feira, 13, a organização do Festival Tanabata, de cultura japonesa, alegou o cancelamento do por falta de patrocinadores. Muitos internautas pediram interferência do governo municipal, até um abaixo-assinado para isso foi criado.

A secretária municipal da Cultura, Dulce Neves, afirmou que os recursos destinados ao festival – R$ 50 mil – foram os mesmos aplicados em outros anos, portanto, não havendo necessidade de mais aplicações, já que é um evento com finalidade privada.

Mas os R$ 60 mil da tocha não são o suficiente nem para contratar a estrutura para eventos na cidade, como a Virada Cultural, que ocorre entre os dias 28 e 29 de maio, e trará artistas como Marcelo Mansfield, Thaíde, e a banda Raimundos, já que ela custa R$ 76 mil, conforme publicação no Diário Oficial da última quarta-feira, 18.

De acordo com a prefeitura, este valor é o suficiente para montagem do palco externo, que ficará no Morro São Bento, além de equipamentos de som, iluminação, estruturas de tendas para camarins, geradores de energia, sanitários químicos, projeto técnico para instalação e ocupação temporária do Corpo de Bombeiros, segurança, brigadista, limpeza e equipes técnicas.

Mesmo assim, o valor é bem menor do que o previsto pela própria prefeitura no lançamento do edital do projeto, no começo de maio, que estimava que toda essa estrutura custasse até R$ 120,9 mil.

Na Virada Cultural Paulista, evento da secretaria estadual de Cultura, a contratação da estrutura fica a cargo dos municípios que recebem o vento, já os artistas são de responsabilidade do Governo do Estado.

Essa foi, inclusive, a justificativa de Campinas, cidade que fica a 226km de Ribeirão Preto, ao anunciar nesta sexta-feira, 20, o cancelamento da edição da Virada este ano, em virtude das dificuldades com gastos na montagem da estrutura física para receber o evento.

Já o preço da contratação dos artistas é um pouco mais salgado. Em São Paulo, cuja virada acontece nesse fim de semana, a produção do Ney Matogrosso custa até R$ 148 mil para apresentação, conforme o Diário Oficial publicado nesta sexta-feira. Das atrações que irão se apresentar em Ribeirão Preto, ainda não foram publicados os valores aplicados.

A Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA) – organização social que produz a Virada – vai estudar formas de reaproveitar artistas escalados para se apresentar em Campinas em outras cidades participantes da Virada.

E a Tocha?

A Força-Tarefa Regional do revezamento da tocha informa que o município já conseguiu o patrocinador que arcará com a passagem da Tocha Olímpica pelo município, e que na próxima semana trará mais novidades sobre o acordo firmado com patrocinadores.


Foto: Carlos Severo/ Milenar

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