Elza a mãe batataense que adotou nove filhos

Elza a mãe batataense que adotou nove filhos

Conheça a história de Elza Lopes e se inspire para o Dia da Adoção, que será celebrado em Ribeirão Preto no dia 20 de maio
 

Se tem uma coisa que não podemos afirmar sobre as mães é que elas são “todas iguais”. Cada uma carrega em seu coração dores, alegrias e experiências únicas. E se os filhos são pessoas diferentes, com necessidades diversas, é certo afirmar que elas são, no máximo, parecidas.

Alguém no mundo vai se identificar com a história da dona Elza Lopes, 64, mãe de dez filhos com idades entre 24 e 44 anos. Nove foram adotados. Dois deles, Renato (38) e Fernando (29), são atendidos pela APAE Batatais desde criança.

Elza conta que ficou impossibilitada de ter filhos logo após o nascimento de Rodrigo, seu único filho biológico. O diagnóstico veio depois do parto, quando teve que fazer a retirada das trompas e foi desacreditada pelo seu médico sobre a possibilidade de uma nova gravidez.

“Sempre adorei criança e pensei, não posso ter um filho da minha barriga, mas posso ter filhos de outras. Então eu me inscrevi para a adoção e com isso, consegui adotar os irmãos Renato e Leandro, gêmeos, na cidade de Campinas”, diz Elza.

A mãe conta que algo curioso aconteceu quando foi buscar os irmãos no hospital. A enfermeira perguntou se ela tinha certeza do que estava fazendo, uma vez que as crianças eram negras. Elza não hesitou ao responder que esse era o principal motivo pelo qual desejava ficar com as crianças. “Eu também sou negra!”, afirmou.

A partir disso, as crianças começaram a ‘chegar’ normalmente até Elza. “Acho que as pessoas ficavam sabendo dessa minha vontade e disponibilidade para receber essas crianças. E pra mim não importava de onde elas vinham e se eram negras, brancas ou amarelas. Pra mim não tinha isso”, explica a mãe, que enfatiza que todos os filhos foram adotados legalmente.

Ela conta que a inspiração vem de sua mãe, que teve nove filhos. Para ela, o cuidado nunca foi um problema, uma vez que já estava acostumada a cuidar dos irmãos. “Qual criança não dá trabalho? Meus filhos me deram o trabalho que qualquer criança dá e toda mãe tem, normal”, acrescenta.

Apesar da bela história que tem pra contar sobre dedicação e amor, Elza não se considera uma mãe diferente das outras ou possuidora de um dom. “Eu sou como qualquer outra. Acho que é uma tarefa de quem se propõe a ser mãe. A própria palavra ‘mãe’ indica que você tem um compromisso sério com os filhos, com a vida e com Deus e esse compromisso tem que ser assumido com amor”, conclui Elza.

- Dia da Adoção

Em comemoração ao Dia Nacional da Adoção (25 de maio), o Crescendo em Família – GAIARP (Grupo de Apoio e Incentivo à Adoção) realizará no dia 20 de maio (domingo), às 9h, no Parque Carlos Raya, em Ribeirão Preto, a 2ª Caminhada pela Adoção.

“Ao longo do percurso, vamos trabalhar questões relacionadas ao tema da adoção com banners, cartazes e distribuição de folders. Nosso objetivo é levantar reflexões sobre o assunto e ressaltar a importância e necessidade de todas as crianças e adolescentes institucionalizados terem assegurado o seu direito à convivência familiar e comunitária, garantido em Lei pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Constituição Federal”, explica Marcia Inês Vieira Pecego Peruchi, presidente do Crescendo em Família – GAIARP.

O Grupo de Apoio e Incentivo à Adoção é uma Organização Não Governamental (ONG) que desenvolve ações e projetos para preparação de pretendentes à adoção, apadrinhamento afetivo e reuniões mensais aberta à comunidade para esclarecimentos, trocas de experiência no mundo adotivo e apadrinhamento, palestras educativas na área da adoção entre outras ações.

As camisetas da 2ª Caminhada pela Adoção já estão à venda. Os interessados em adquirir e colaborar com a ação podem ligar para os telefones (16) 3635-0165 e 3019-2084.

Mais informações podem ser obtidas por telefone o na página da ONG no Facebook (facebook.com/crescendoemfamiliaong).

*Com a colaboração de Emanuele Mani

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