80 km já não é para qualquer um: com dificuldades extremas, fica pior

80 km já não é para qualquer um: com dificuldades extremas, fica pior

O atleta de Ribeirão Preto, Leonardo Guerra, acaba de chegar de mais uma ultra aventura. Neste final de semana, o coordenador de suporte tecnológico em Ribeirão Preto e atleta de aventura (com váaaaarias corridas de aventuras no curriculum), participou da prova Half Mision – uma ultramaratona que aconteceu na Serra Fina, em Passa Quatro (MG). A serra é uma das cadeias de montanhas da Serra da Mantiqueira com alturas que chegam até 2.800 metros de altitude.  Esta prova de 80 km aconteceu neste último final de semana, nos dias 9 e 10 de agosto. É também conhecida como umas das corridas de montanha mais difíceis e de superação que teve duas distâncias: 40 e 80 km. Além de Léo Guerra, participaram também desta prova os atletas de Ribeirão Preto Lucas Hasimoto, Filipe Oliveira, Patrícia Daniela, Silvio Diniz; e atleta Marcia Mendes, de Franca (SP).

Durante a prova, os competidores a subiram por uma estrada de terra sentido ao Refúgio Serra Fina, a 1.500 metros de altitude, passando por vários pontos da Serra Fina. Léo Guerra, mineirinho “gente boa” de Araxá, concluiu a prova em 20h07, com 4.000 metros de desnível positivo. O resultado? Chegou feliz da vida. “A prova foi fantástica e extremamente dura”. Segundo ele, os percursos eram cheios de desnível, o que ficou impossível correr durante toda a prova. “Muitos trechos tinham cordas para acessar o topo, onde foi preciso escalaminhar". 

A prova passou pela Pedra da Mina, na Serra da Mantiqueira, que está na divisa do Estado de São Paulo com Minas Gerais e é a quinta mais alta do Brasil. Lá, a temperatura mínima chegou a -1ºC na madrugada, durante a prova. “Corremos pelas cristas das serras e acima das nuvens”, lembra Leo Guerra.

A corrida é considerada assustadora por grande parte de esportistas que amam esse tipo de aventura. Não pelas distâncias, mas principalmente pelo grau de dificuldade que ela traz, como a altimetria, temperatura baixas, muitas – mas muitas mesmo – subidas e descidas, além de forte terreno acidentado com pedras, galhos de árvores e buracos. Extremamente difícil e desafiadora. É o tipo de prova que leva o atleta ao seu limite máximo do corpo, mente e cansaço.

EQUIPE DE APOIO
Em algumas provas deste tipo, os atletas necessitam de apoio externo. No entanto, por essa competição ter um caráter um pouco mais rígido, o apoio era proibido – o que deixou a competição mais difícil e dura. Com isso, os atletas foram obrigados a carregar sua própria água, alimentação, roupas de frio e equipamentos de primeiros socorros (itens obrigatórios) durante todo o percurso. Conclusão: além de correr por mais de 20 horas os 80 km, o desafio ainda era manter o preparo físico, ou seja, a auta-suficiência. Um grau a mais de dificuldade!

Segundo o atleta, devido a este alto nível de exigências físicas e técnicas, muitos competidores desistiram. Dos 127 atletas que largaram na categoria 80 km, 50 abandonaram a prova, o que significa 39,37% de desistência.

Ciclista desde 1989, Leo Guerra já passou pelo BMX, ciclismo de estrada e mountain bike. Ingressou como atleta de corrida de aventura em 2004, como integrante da equipe ARS. Já participou de várias provas de Ultramaratonas e Trail Run (corrida em montanha), entre elas North Face Endurance Challenge 2011 (50 km) – New York / USA – (12º lugar);  Green Race 2011 e 2012 (50 km) - Jundiaí / SP (4º lugar); 100K Franca-Rifaina 2012/2013 e 2014 (100 km) - Franca / SP (1º lugar); North Face Endurance Challenge 2013 (21 km) – New York / USA – (9º lugar).

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