Desafio das 12 horas

Desafio das 12 horas

Sem parar. Quer dizer, uma paradinha rápida de 15 minutos e só. Atividades das 9 às 21 horas. Coisa de doido? Exatamente isso: coisa de gente louca, que adora um desafio e ama sentir o sangue correr pelo corpo, além, é claro, de uma boa dose de sofrimento e muita endorfina no corpo. Assim foi, mais ou menos, a sensação de quem participou do evento “12 horas Rifaina - de atividades físicas e competitivas”, realizado pela esportista de Franca, Marcia Mendes.

O evento, realizado no dia 03 de março, na cidade turística Rifaina (a cerca de 150 km de Ribeirão Preto, conhecida como a praia do interior graças às suas águas da represa Jaguara, por onde a cidade circunda), foi super bem organizado e reuniu atletas profissionais e amadores de Franca e até de Ribeirão Preto. Pela primeira vez participei a convite de uma equipe só de mulheres de Franca (As Pés de Cana).

A prova funciona exatamente assim: são 12 horas de atividades sem parar. O legal é que quanto mais a equipe participa das atividades mais pontos ela ganha. Na categoria competitiva,  a pontuação cresce pelo nível de desempenho, ou seja, quem chega primeiro, ganha mais pontos.  Durante todo o dia as competições se dividem em: Triathlon (750m nataçao / 26 km bike / 5 km corrida) individual e equipe, Short Triathlon, Duathlon, natação (1.500, 750 e 300m), bike (36 e 26 km), corrida (10 e 5 km), caiaque (6 e 2km), além das aulas de jump, zumba, bike,  step, combat, circuito, dança, abdominal, attack, MMA, GAP e ainda uma aula surpresa (de matar!). Mas, a estratégia mesmo é do capitão da equipe que divide os atletas pelas melhores performances individuais.  Parece fácil, mas não é! 







As aulas – que acontecem em um super palco montado bem no meio do calçadão da orla - são bem animadas e servem para descansar um pouco das atividades competitivas – essas sim, quebram, principalmente quem não estava muito bem preparada. Outro ponto principal para as equipes se destacarem é a suplementação correta e o apoio de um grupo. São eles que ajudam com a alimentação, na troca de roupas. É uma correria: sai de um lugar e vai para outro. Aí um grita: “agora é a corrida. Você vai para o remo e você para a aula de attack”. Mas, durante o dia, tudo se ajeita. Nem a chuva que caiu forte no final do dia estragou a festa. Apenas o remo final que foi abortado por questões de segurança. 





Certamente, a experiência deste perrengue todo foi única.  Ao mesmo tempo em que aparecia aquele medo danado em não conseguir terminar, uma adrenalina passava pelo corpo e te jogava para frente. Neste sábado vi mulheres se virando sozinha, uma cor dor no joelho, outra com o choro engasgado por dores e traumas, além de muita lágrima de dor. Mas, acima de tudo, o que valeu foi a superação. E é isso que motiva cada vez mais a entrarmos nestas loucuras - que muitos amam! 

E quer saber o final disso tudo? Todo mundo exausto! E nós, a equipe só de mulheres, ficamos com o segundo lugar! Parabéns meninas “Pés de Cana” e obrigada pelo convite. Ah, e o dia seguinte? Foi regado a muito relaxante muscular! E uma dica: para participar é necessário muito treino, se não, o sofrimento é certo!

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