O encantador mundo da corrida de aventura

O encantador mundo da corrida de aventura

No último sábado (15), pelo terceiro ano consecutivo, a equipe de corrida de aventura de Ribeirão Preto, Lebreiros, realizou a III Copa Trekking Miró Lebreiros, em parceria com a Escola Miró - Educação Infantil e Ensino Fundamental. Durante a manhã de um sábado extremamente quente e seco, cerca de 70 alunos de 11 a 14 anos (matriculados do 6º ao 9º ano) tiveram a oportunidade de conferir de perto o que é uma corrida de aventura (e se deram muito bem, por sinal), com trechos de corrida e bicicleta (MTB), incluindo navegação com mapas e bússolas e, claro, alguns “perrengues”, tão comuns nesse tipo de modalidade. A prova foi realizada no Haras Manoel Leão, em Ribeirão Preto.

A ideia da Copa foi divulgar e disseminar cada vez mais a prática de corrida de aventura, principalmente nesta geração mais nova. O mais legal nesse dia foi ver as jovens equipes unidas, independente do número – trio ou quadra – correndo em busca de um ideal: vencer e completar o desafio, mesmo com a temperatura quente, um forte fator para que muitas equipes desistissem. O que não aconteceu!

Corrida, bike, trekking e até um banho de cachoeira fez parte da atividade – claro que em proporções de acordo com a idade. Mas, o que pude perceber foi o resultado disso tudo - o ensinamento que estas crianças tiveram: a possibilidade de competir em equipe. 

Logo no início, a cena era a mesma: alguns com um pique total e outros completamente cansados em função do calor de Ribeirão Preto. Mas, o que mais me chamou a atenção foi quando um garotinho chegou até mim e soltou: “ah tia, meu amigo está lá atrás. A gente vai perder, pôxa vida!”. O desespero dele era nitidamente ganhar, mas ele não tinha em mente que, para isso, ele precisava simplesmente ajudar quem estava mais cansado do que ele – o que realmente acontece nesse tipo de prova: quem está sobrando ajuda quem está faltando. E por aí foi, cada equipe que passava pelo PC (Ponto de Controle) onde eu estava a cena se repetia...



Cada dica que passávamos era preciosa para as equipes. O barato mesmo era ver os olhinhos – muitas vezes cansados – mas estimulados ainda a continuar e vencer. A dica principal era: ajude, colabore. Está sobrando? Ajude, empurre. Alimente seu companheiro. Incentive-o a não desistir. A cada frase, os ânimos voltavam. Impressionante! No final da prova, cerca de duas horas depois, foi fácil ver a turminha ainda animada – claro que cansados – mas um ajudando o outro como podia.

O resultado? Missão cumprida! Porque o maior ensinamento que tinha que ser passado era esse. Na vida, não sobrevivemos sozinhos. Tudo depende de equipe, da sintonia, da colaboração mútua, da ajuda, do companheirismo, da parceria e acima de tudo da sinceridade em pedir ajuda. O uno não existe. A regra é o duo, a multiplicidade. A palavra de ordem é a parceria. Isso que move montanhas.


Mas, o melhor de tudo foi o não desistir. Foi isso o que essas crianças puderam sentir com essa prova. Tenho certeza que daqui para frente muita coisa vai mudar: o espírito esportivo com certeza vai falar mais alto para alguns, mas a colaboração e a ajuda certamente vão dar sinais de vida bem forte daqui para frente. O essencial para uma vida feliz!

Parabéns Miró e Lebreiros pela atividade!

Compartilhar: