Uso excessivo de telas e os riscos para as crianças

Uso excessivo de telas e os riscos para as crianças

No mundo moderno, as telas estão presentes em todos os lugares. TVs, computadores, celulares e tablets são aparelhos cada vez mais comuns no dia a dia das pessoas de todas as idades. Utilizar telas pode ser benéfico, pois ajuda na aprendizagem, no entretenimento e na comunicação. No entanto, o uso excessivo pode trazer riscos, principalmente para as crianças. “Os riscos são inúmeros. Entre eles, podemos citar as alterações no sono - uma queixa frequente no consultório -, o aumento da obesidade, sedentarismo, transtornos de saúde mental, problemas comportamentais, além de prejuízos na visão”, enumera a médica pediatra Nayara Rezende Garcia (CRM 187515).


 

Saiba mais como o uso excessivo de telas pode ser prejudicial:
•    Problemas de visão: o uso prolongado de telas pode causar problemas visuais como miopia, astigmatismo e hipermetropia.
•    Distúrbios do sono: a luz azul emitida pelas telas pode atrapalhar a produção de melatonina, um hormônio que regula o sono.
•    Problemas de saúde mental: o uso excessivo de telas pode aumentar o risco de ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental.
•    Dependência digital: o uso excessivo de telas pode levar à dependência digital, um problema que pode interferir na vida social, escolar e profissional.

 

Recomendações de uso
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o tempo recomendado de uso de telas para cada faixa etária é o seguinte: Crianças menores de 2 anos não devem ter nenhum contato com telas ou videogames; Dos 2 aos 5 anos, limitar o uso até uma hora por dia; Dos 6 aos 10 anos, entre uma e duas horas por dia; Dos 11 aos 18 anos, entre duas e três horas por dia, sempre com períodos de intervalo no uso.


“Hoje em dia vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico e embora seja muito falado, principalmente por nós pediatras, sobre o tempo recomendado de uso, posso dizer que mais cedo ou mais tarde as telas chegarão até nossos filhos. No contexto atual é praticamente uma utopia a família conseguir optar por zero tela na infância.”
Dra. Nayara Rezende Garcia, pediatra


O que fazer para minimizar o problema?
Para a pediatra Nayara Garcia, além do tempo indicado de uso, outro ponto a ser observado pelos pais é a qualidade do que está sendo consumido pelos filhos. “Dar sempre preferência a jogos pedagógicos, interativos e que sejam educativos. Assim a criança fica mais ativa mesmo na frente da telinha, além de propor outras atividades como jogos ao ar livre, passeios, leitura e contato com a natureza”, orienta, antes de dar um conselho final aos pais e responsáveis: “Sejam exemplo e atentem-se ao tempo que vocês também passam diante dos eletrônicos. É muito importante que tenhamos tempo de qualidade para os nossos filhos.” | Angelo Davanço

 

>> As informações contidas neste post não são um substituto para o aconselhamento médico profissional. Se você estiver com algum problema de saúde, procure um médico.

 

Você pode falar comigo enviando e-mail para [email protected] ou pelo Instagram @angelodavanco

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