Como se fosse a primeira vez

Como se fosse a primeira vez

Mesmo depois de 30 anos de Revide, os preparativos para colocar um novo projeto em prática sempre me causam frio da barriga. É aquela boa ansiedade que dá ao fazer alguma coisa pela primeira vez, renovar, reinventar. É uma alegria que novamente vivo nesta semana, com o lançamento da RM, revista especializada em moda e comportamento.

Assim como a RD, revista bimensal destinada a arquitetura e decoração que terá sua terceira edição nas próximas semanas, a RM também chega para um público interessado em um segmento específico. Matérias de comportamento, tendências, bem estar e estilo fazem parte das páginas da revista, que teve um projeto gráfico cuidadosamente elaborado.

A RM já teve edições mensais em 2010 e 2011. Foi um trabalho muito feliz que desenvolvemos e decidimos retomar neste ano, de forma repaginada, com edições especiais. A primeira de 2016 traz matérias sobre exercícios físicos, corridas, belos editoriais de moda, tendências para as crianças, estilo, qualidade de vida e muitas outras matérias com temas variados, para homens e mulheres. A exemplo da felicidade que tive quando publicamos a RD, sinto uma imensa alegria com a impressão da RM.

Quem me conhece sabe que acompanho de perto cada trabalho da equipe. Gosto de participar, opinar e até faço algumas alterações quando tudo está quase pronto (para desespero geral da redação e da diagramação). Sempre gostei de estar presente em todas as etapas, da criação até a impressão de cada edição. O nascimento de um projeto dá um ânimo novo, aumenta o fôlego. A cada novo produto, é uma sensação e um prazer que fazem tudo parecer como se fosse minha primeira vez na linha de frente de uma revista.

Fato é que diante de dificuldades e incertezas econômicas, está cada vez mais difícil ter tranquilidade e segurança para iniciar um trabalho, investir e criar novas possibilidades sem preocupações. Por mais contraditório que pareça, tenho convicção de que a única maneira de superar as dificuldades é encontrar novas alternativas e arriscar. O cenário pode não parecer o mais propício, mas não podemos assistir à realidade, sem participar dela.

Nesses dias, em uma daquelas frases sempre postadas nas redes sociais, li que não podemos esperar as oportunidades aparecerem, precisamos criá-las. Acredito muito nisso. Como escrevi nos últimos textos sobre a necessidade de nos mexermos por mudanças na política, também tenho a certeza de que esse movimento precisa estar presente em todas as áreas de nossa vida. Criatividade e empenho, juntos, podem fazer toda a diferença.

Acredito que profissional ou pessoalmente, precisamos paciência para compreender cada acontecimento que não é exatamente da maneira como esperamos e devemos ter atitude para realizar tudo aquilo que desejamos.

Dizem que não devemos contar para os outros a nossa felicidade. Eu discordo. Quero partilhar com vocês a alegria em retomar a RM, principalmente porque aqui faço questão de agradecer a cada um que incentiva e contribui para o sucesso de três décadas da Revide. No chamado momento de “crise”, que tantos gostam de comentar e analisar, acho que as tentativas de superação são mais do que válidas, são indispensáveis. No início, cada uma delas parece um movimento individual, sozinho, mas no final, as tentativas de cada um de nós, unidas, ajudam a movimentar o nosso mundo. 

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