Coragem, resistência e leveza

Coragem, resistência e leveza

Os últimos dias do ano compõem, tradicionalmente, aquele período em que fazemos reflexões sobre o que realizamos durante todos os meses anteriores. É uma época em que nossa sensibilidade parece ficar mais intensa. Pensamos no que poderíamos ter feito de forma diferente e também nos acertos que tivemos.

Particularmente, 2015 me reservou alguns aprendizados importantes: o encerramento de uma etapa na Administração Municipal e a retomada de projetos que estão em pleno andamento. A produção de novas revistas, as mídias digitais e a consolidação da Revide em nossa região são apenas algumas das realizações que tenho muita alegria em colocar naquela listinha de coisas feitas durante o ano. 

Porém, é comum, depois de pensar em tudo o que passou, no que foi possível ou não concretizar, refletir sobre o futuro: afinal, o que esperar de 2016? É nesse momento que se torna muito comum pedir proteção, fazer simpatias, buscar alternativas para evitar que os males nos atinjam nos dias que estão por vir. E é justamente sobre esse nosso desejo de evitar os problemas que tenho refletido nos últimos dias.

Há muitas palavras para desejar ao outro — ou pedir a si mesmo — um ano próspero, agradável, sem dores, mas penso que, dessa forma, estamos perdendo uma grande oportunidade de crescer diante de nossas próprias dificuldades, superando tudo aquilo que nos aparece como desafios.

Por que, então, não desejamos ser fortes para suportar essas dores? Por que não nos esforçamos para tirar o medo do coração, em vez de remover as dificuldades do caminho? Por que não encaramos os problemas frente a frente, sem sucumbir, buscando soluções?

Os obstáculos em nossa vida, sem dúvida, não deixam de existir de um ano para o outro. É claro que sempre há a esperança de que nada grave aconteça a nós ou a qualquer pessoa por quem temos afeto, mas fato é que nosso controle está na forma como encaramos os problemas e na maneira como nos comportamos diante das adversidades.

Gosto muito daquele pensamento que nos propõe ser a mudança que queremos ver no mundo. Inclusive, já escrevi algumas vezes sobre essa ideia. As transformações da realidade em que vivemos começam por nós. Se podemos criar o lugar que queremos, por que não criar o ano que desejamos?

Meu principal desejo para 2016 é que ele seja como nós o construirmos: com coragem, resistência e leveza.   

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