Duras decisões

Duras decisões

Tomar decisões é uma das ações mais solitárias que existem. Quando decidimos por determinado caminho ou por determinada atitude, provocamos responsabilidades sobre o resultado.
Quando a decisão dá certo e as expectativas positivas se confirmam, claro, tudo fica bem. No entanto, quando algo desanda e o resultado não se dá conforme o esperado, ouvimos as famosas críticas e as ideias que só aparecem quando tudo já foi realizado. O famoso “bem feito”, algumas vezes acompanhado do “eu te disse” e, em outros casos, do questionamento: por que você não fez de outra maneira?
Nos últimos anos, tenho feito muitas apostas naquilo que acredito que possa dar certo. As ideias nascem de um propósito e tenho reunido alguns princípios, ao longo da vida, que embasam minhas decisões. Propostas para novas revistas, novos produtos e tantas ações diferentes que acredito que podem dar certo todas as vezes em que começo a tirar o plano do papel.
Diversos projetos foram possíveis ao longo de 33 anos, mas muitos também deram errado. O que sempre acreditei, entre tantos altos e baixos, é que é preciso estabelecer prioridades, definir aquilo que realmente vale e diante do que temos de depositar nossa energia.
Em janeiro de 2016, em plena crise econômica nacional, decidimos lançar a RD – Revide Decoração. Um ano depois, ainda durante a recessão, demos início à RS – Revide Saúde. E há poucos meses, em 2019, passamos a publicar a Revide Ancienne, destinada ao público 60+ de Ribeirão Preto.
Todas essas ideias e propostas priorizaram o momento em que vivíamos: instabilidade na economia e a possibilidade de fazer diferente e criar alternativas em um mercado retraído. Tomar essas decisões em pleno caminho, à velocidade do tempo real, não é tarefa tão fácil quanto criticar, reclamar ou lamentar pelo que foi realizado. É muito mais complicado arregaçar as mangas e buscar saídas, quando tudo parece enfrentar obstáculos.
É profunda a afirmação e concordo com o autor Yuval Noah Harari: “É difícil estabelecer prioridades em tempo real, enquanto é muito fácil criticar retrospectivamente decisões sobre prioridades”. Seguir adiante tomando decisões e arcando com as responsabilidades de cada uma delas é uma tarefa solitária, mas, também, recompensadora. 

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