À procura da felicidade

À procura da felicidade

Talvez a grande questão emocional do século seja como encontrar a felicidade. São inúmeros os livros de autoajuda que nos prometem uma vida mais feliz e um grande acervo de vídeos e podcasts que também nos indicam os caminhos para evitar a tristeza.

É certo, porém, que essa tal tristeza é inevitável. Psicologicamente, inclusive, viver em uma constante fase de alegria sem se deixar abalar por qualquer problema pode indicar algum distúrbio. O normal da vida é oscilar entre bons e maus momentos, reagindo de acordo com cada situação.

Em tempos tão tormentosos, no entanto, podemos até carregam nas tintas dessas reações, transformando o que é ruim em algo ainda pior e fazendo com que nossos maus momentos sejam quase insuportáveis. É nessas situações em que vale, ainda mais, tentar entender os motivos que nos fazem sofrer e como viver uma vida com mais alegria.

É consenso geral que a felicidade não é uma constante, é um estado. O filósofo e historiador Leandro Karnal recentemente iniciou uma série de quatro aulas virtuais chamada “Felicidade Sem Fórmula”, em que busca debater esse tão perseguido sentimento. Na aula inaugural, já há uma lição: é preciso que nos façamos as perguntas corretas para chegar aonde queremos.


Tenho a convicção de que a felicidade é, de fato, um estado não permanente e que precisamos buscar momentos que nos causem bem-estar para uma vida mais plena e alegre


Na contramão do nome que leva a série de aulas de Karnal, o engenheiro Mo Gawdat publicou o livro “A Fórmula da Felicidade”, em que busca provar, matematicamente, que é possível ser feliz seguindo alguns passos. Gawdat perdeu um filho ainda jovem e buscou aplicar mecanismos emocionais para não tratar a perda como um sofrimento, mas como uma dor que pode ser considerada parte da vida.

Confesso que tem sido difícil encontrar a felicidade entre tantos desafios que insistem em se colocar à frente. O cenário econômico e a instabilidade têm prejudicado o mercado fazendo com que haja ainda mais obstáculos diários a transpor. 

Pessoalmente, sempre acreditei que a resiliência é fundamental em qualquer área da vida e tenho buscado aplicá-la ainda mais intensamente nesse final de ano, renovando a expectativa para um ano próspero que chega.

Tenho a convicção de que a felicidade é, de fato, um estado não permanente e que precisamos buscar momentos que nos causem bem-estar para uma vida mais plena e alegre. Pequenos prazeres, como esporte, uma xícara de café, um bom livro e um vinho podem ajudar a transformar momentos não tão bons em situações mais agradáveis.

É da soma (ou mesmo a subtração) desses momentos que podemos extrair a felicidade e obter boas perspectivas mesmo quando tudo parece perdido.

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