Sobre confiança

Sobre confiança

Tenho pensado muito sobre a importância da confiança no estabelecimento de relações de qualquer natureza. Refletindo sobre o quanto precisamos confiar no outro para obter um mínimo de cumplicidade, cheguei à conclusão de que muito do que tem deteriorado a convivência humana está ligado, justamente, a essa falta de confiança que se propaga.

 Precisamos confiar nos colegas de trabalho e naqueles com quem compartilhamos o dia a dia profissional para termos um melhor desempenho. É bom trabalhar com quem divide dificuldades e conquistas e segue junto por um objetivo comum. Muito do que se vê, hoje, é competitividade exacerbada e falta de escrúpulo na disputa de mercado entre concorrentes, sejam empresas ou pessoas.

 Precisamos confiar nas autoridades para estarmos certos de que contribuímos com uma sociedade evolutiva, em vez de assistirmos ao noticiário preocupados com as informações sobre corrupção e inseguros com relação ao futuro da cidade, estado ou país onde depositamos nossas forças para a construção de uma história de vida.

 Precisamos confiar nos meios de comunicação — e talvez esse seja um dos pontos cruciais para definir o futuro do jornalismo e das mídias. Hoje, notícias publicadas de forma correta e bem apuradas são classificadas como fake news apenas por irem contra as crenças de quem lê. Enquanto não restabelecermos os veículos como fundamentais na construção de uma sociedade e na formação de cidadãos, não teremos meios de contestar ou propor mudanças para uma vida melhor. A informação é imprescindível para debates e evoluções, por isso não podemos perder de vista o conteúdo como uma das mais importantes ferramentas humanas. 

Se olharmos apenas para esses sinais de falta de confiança — e existem muitos outros —, dá para notar como os tempos têm sido difíceis. E como fazer para viver em situações tão tormentosas, que não sugerem melhora aparente?

Pessoalmente, tenho me esforçado para manter boas relações com aqueles que estão próximos a mim, seja profissional ou pessoalmente. É uma decisão que passa por uma consciência de que não há como viver em guerra e que os relacionamentos são complicados e difíceis em qualquer seara da vida. 

 Na Revide, trabalhamos para manter a confiança e a credibilidade que conquistamos durante 33 anos de muito trabalho. Fazemos isso, atualmente, em proporções micro e macro. Micro, quando conversamos sobre o projeto com cada pessoa que tem alguma dúvida, ou que questiona o empenho e os princípios que nos regem, respondendo a comentários e reforçando o quanto nos preocupamos com a qualidade da informação que é publicada. Macro, quando produzimos, a cada semana, uma revista cheia de conteúdo, que tem como objetivo levar informação qualificada aos leitores, reiterando nosso compromisso com aquilo que nos propomos a fazer. 

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