Duplas que gostaria de ver (mais) por aí
No Brasil, quando se fala em "dupla", todo mundo logo pensa no bom e velho sertanejo.
Ok! Eu concordo que o número de duplas na música sertaneja impera em terras brasileiras, e que em outros estilos o número das duplas é bem inferior por aqui. Mas, este post é bem para mostrar que, mesmo no Brasil, há duplas em outros gêneros musicais . Enfim...
Acho que não tenho um motivo aparente. Mas, quando penso em dupla, os norte-americanos Simon & Garfunkel são os primeiros nomes que me surgem.
Talvez o fato de a dupla figurar entre os nomes mais importantes da música “sessentista” pese um pouco na hora da escolha para abrir o texto. Embora eu não ouça a dupla com a frequência eu gostaria, o pouco que conheço eu gosto bastante.
Conhecidos por canções como Mrs Robinson e Sounds of Silence, Simon & Garfunkel, no fim da carreira já não se suportavam (rs). Mas, mesmo depois do fim – com o disco Bridge Over Troubled Water (1970), os dois viriam a trabalhar juntos. Contribuindo – um no trabalho do outro – em seus discos solo. Por ironia do destino, quanto mais complicada a relação entre os dois, mais a dupla melhorava artisticamente. Assim, o último disco foi o de maior sucesso. Alcançando o primeiro lugar de vendas em diversos países, incluindo os Estados Unidos. Eu não arriscaria indicar apenas um disco. Mas, gosto bastante do Bookends, de 1968.
Seguindo a linha de harmonia vocálica pelo qual Simon & Garfunkel ficaram conhecidos, tem os noruegueses Erlend Øye e Eirik Glambek Bøe, juntos os amigos formam a dupla Kings of Convenience e tocam um folk com uma pitada de Bossa Nova. Fiquei bastante espantado ao saber – pesquisando para escrever este post –, que o Kings of Convinience já tem oito discos.
No Brasil
Seguindo a linha da sutileza, no Brasil temos Pitty e Martin formando o projeto, paralelo ao pop rock barulhento da Pitty, Agridoce.
O álbum contendo o registro da dupla foi lançado em 2011, com músicas (bem) mais leves e acústicas das feitas rotineiramente pela baiana. No entanto, embora o gênero do projeto seja indefinito, o futuro dele não é: a dupla encerrou as atividades no início deste ano.
Trabalho com amor
Quais são as chances de conhecer uma pessoa realmente interessante o suficiente para namorar e, quem sabe, uma parceria musical? Pois, veja: Alguns têm tal sorte!
O multi-instrumentista Jack Conte é um desses caras que nasceram com alguma coisa "virada pra lua" (rs).
Ao lado da namorada Nataly Dawn, forma a dupla Pomplamoose. Os dois começaram a postar vídeos caseiros (mas, bem produzidos) para as suas músicas em meados de 2008, e já têm milhões de visualizações em sites de vídeo, como o Youtube.
Não sei dizer ao certo como é dividia a discografia do Pomplamoose. Mas, no site deles dá pra ouvir as músicas.
Na onda dos caras sortudos que encontram uma parceira para o amor e para os negócios está Jack White - o ser estranho e pensante do White Stripes.
Na minha opinião, o problema de juntar amor com negócios é que, às vezes o amor acaba (rs), e o término da parceria nos negócios também entram no pacote de divórcio.
Não há uma certeza que o motivo do fim do White Stripes, anunciado oficialmente no site da dupla em 2011, foi mesmo o término do relacionamento dos dois. Já que o casamento de Meg e Jack White terminou bem antes disso – em 2000 (Agora me senti um jornalista de fofoca...rs). Mas, o que consta é que a dupla encerrou as atividades "...por uma miríade de razões, mas principalmente para preservar o que é belo e especial na banda e que ele continue assim”. Era o que dizia parte do anúncio.
E, enquanto o casamento de Meg e Jack terminava, nascia – do mesmo pântano, conhecido também como “música independente”, o Black Keys. Com hits e riffs poderosos, o guitarrista e vocalista Dan Auerbach e o baterista Patrick Carney, fazem um rock bem parecido com o do White Stripes.
Logo, não preciso nem dizer que o Black Keys bebeu - e muito - da mesma fonte que o White Stripes: o Blues-Rock.
Em 2011 a banda lançou El Camino – sem palavras para descrever o disco no momento. E é o disco que eu indico pra qualquer um!
Finalizando
Outras duplas que fazem um som interessante e que eu também gostai de ver (mais) por aí, são: The Civil Wars; Primos Distantes e Chemical Brothers.