Chatô - O Rei do Brasil

Chatô - O Rei do Brasil

A minha primeira impressão sobre Chatô foi: chato!

Confesso que dei um tempo. No dia seguinte, motivada a ver Marco Ricca que é um querido, resolvi continuar e quer saber? Gostei!

O diretor, envolto em tantas polêmicas, Guilherme Fontes, certamente se inspirou no filme All That Jazz - O Show deve continuar (Bob Fosse - 1979): Tanto Fosse como Assis, estão no leito de morte, alternando lembranças e delírios.

Nos dois filmes, o alinhavo são as mulheres e os delírios são um show. Em All That Jazz um musical, em Chatô um programa de auditório. 

Marco Ricca está numa atuação excepcional e dá a Chatô o tom carnavalesco, necessário para retratar o quão "espetaculoso" era o dono dos Diários Associados. 

O filme não ficou datado, os 20 anos que se passaram entre a primeira captação em 1995 e o lançamento ano passado, não pesaram em nada. 

Andréa Beltrão está linda, elegante no papel de Vivi Sampaio. Betti é a caricatura de Getúlio, o que cabe bem na proposta do filme. Leandra Leal, uma menininha e os saudosos Lewgoy e Walmor Chagas, fazem parte do elenco que por sinal é ótimo.

Segundo algumas críticas que li, quem não leu o livro homônimo de Fernando Moraes é incapaz de compreender os primeiros 10 minutos do filme. Talvez por isso eu tenha desanimado! Mas, a proposta de Fontes não é esclarecer quem foi Assis Chateaubriand (1892-1968) e sim contar uma história - quase uma chanchada - baseada num comportamento controverso e polêmico. Conseguiu!

 

Disponível no Netflix e no Youtube.

Enjoy

 

 

 

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