A Bariátrica no Brasil

A Bariátrica no Brasil

Segundo informações da SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o Brasil é o segundo país no mundo que mais realiza cirurgias bariátricas, com 80 mil procedimentos realizados por ano. O aperfeiçoamento de técnicas e a aplicação de novas tecnologias tornaram as cirurgias mais seguras, rápidas e eficientes. Isto tem aumentado o número de pessoas que buscam o tratamento cirúrgico da obesidade para melhorar sua qualidade de vida após tentarem, sem sucesso, atingir seus objetivos com o tratamento clínico.

No entanto, a preparação pré-operatória do paciente ainda é fundamental para determinar as chances de sucesso da cirurgia. “A evolução dos equipamentos e materiais utilizados nas cirurgias tornou os procedimentos mais rápidos, seguros e com tempo menor de recuperação, mas tudo isso pode ser prejudicado se o paciente não tiver uma boa preparação clínica antes da cirurgia. É fundamental fazer uma análise rigorosa das condições de saúde do paciente, qualificação do cirurgião, estrutura hospitalar, técnica utilizada, além do acompanhamento multidisciplinar”, ressalta o Dr. Almino Ramos, Presidente da SBCBM.

A técnica usada na minha cirurgia foi a Bypass e, de acordo com informações pesquisadas no site da SBCBM, existem outras três modalidades difentes de cirurgia bariátrica e metabólica aprovadas no Brasil, além do balão intragástrico, que não é considerado cirúrgico. Abaixo seguem os quatro tipos de cirurgia praticados no Brasil hoje:

Bypass

Bypass (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”) - Estudado desde a década de 60, o Bypass gástrico é a técnica bariátrica mais praticada no Brasil, correspondendo a 75% das cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente submetido à cirurgia perde de 40% a 45% do peso inicial. Nesse procedimento misto, é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial. Uma curiosidade: a costura do intestino que foi desviado fica com formato parecido com a letra Y, daí a origem do nome. Roux é o sobrenome do cirurgião que criou a técnica.

Banda Gástrica

Banda gástrica ajustável  - Criada em 1984 e trazida ao Brasil em 1996, a banda gástrica ajustável representa 5% dos procedimentos realizados no País. Apesar de não promover mudanças na produção de hormônios como o Bypass, essa técnica é bastante segura e eficaz na redução de peso (20% a 30% do peso inicial), o que também ajuda no tratamento do diabetes. Um anel de silicone inflável e ajustável é instalado ao redor do estômago, que aperta mais ou menos o órgão, tornando possível controlar o esvaziamento do estômago.

Gastrectomia vertical

Gastrectomia vertical - Nesse procedimento, o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml). Essa intervenção provoca boa perda de peso, comparável à do Bypass gástrico e maior que a proporcionada pela banda gástrica ajustável. É um procedimento relativamente novo, praticado desde o início dos anos 2000. Tem boa eficácia sobre o controle da hipertensão e de doenças dos lípides (colesterol e triglicérides).

Duodenal Switch

Duodenal Switch - É a associação entre gastrectomia vertical e desvio intestinal. Nessa cirurgia, 85% do estômago são retirados, porém a anatomia básica do órgão e sua fisiologia de esvaziamento são mantidas. O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao emagrecimento. Criada em 1978, a técnica corresponde a 5% dos procedimentos e leva à perda de 40% a 50% do peso inicial.

Balão intragástrico

Balão intragástrico - Reconhecido como terapia auxiliar para preparo pré-operatório, trata-se de um procedimento não cirúrgico, realizado por endoscopia para o implante de prótese de silicone, visando diminuir a capacidade gástrica e provocar saciedade. O balão é preenchido com 500 ml do líquido azul de metileno, que, em caso de vazamento ou rompimento, será expelido na cor azul pela urina. O paciente fica com o balão por um período médio de seis meses. É indicado para pacientes com sobrepeso ou no pré-operatório de pacientes com superobesidade (IMC acima de 50 kg/m2).

 Como comentei anteriormente, tive uma péssima experiência com o Balão e não recomendo. Até o próximo post!

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