Causa e efeito

Causa e efeito

O Eterno Retorno (Quando Nietzsche Chorou)
Nietzsche: Nós devemos morrer... Mas na hora certa. A morte só não é aterrorizante quando a vida já se consumou. Já consumou a sua vida?
Breuer: Eu já consegui muitas coisas.
Nietzsche: Mas aproveitou a vida? Ou deixou-se levar por ela? Você está fora da sua vida... sofrendo. Por uma vida que nunca foi vivida.
Breuer: Não posso mudar minha vida. Tenho minha família, meus pacientes e alunos. É tarde demais.
Nietzsche: Não posso lhe dizer como viver de outra forma, viveria segundo o plano de outra pessoa, mas talvez eu possa lhe dar um presente Josef. Eu poderia lhe dar um pensamento.
E se um demônio lhe dissesse que esta vida da forma como vive e viveu no passado você teria de vivê-la de novo. Porém inúmeras vezes mais e não haverá nada novo nela. Cada dor, cada alegria, cada coisa minúscula ou grandiosa retornaria para você mesmo. A mesma sucessão, a mesma sequência, várias e várias vezes como uma ampulheta do tempo. Imagine o infinito! Considere a possibilidade de que cada ato que você escolher Josef, você escolherá para sempre! Então toda vida não vivida permaneceria dentro de você! Não vivida... por toda a eternidade! 
Gosta desta idéia...? Ou detesta...? Escolha!                                                                                                                                                                          Friedrich Nietzsche

Haveria um motivo justo para explicar o que a obesidade estava me causando?Talvez eu não tenha mais a resposta, mas posso afirmar que consegui sentir uma "finalidade proveitosa" em todos os acontecimentos desses últimos 15, 20 anos... Inclusive no sofrimento.

Acredito que nada é por um acaso, mas também que cada caso é um caso, e eu certamente teria provocado parte dos meus problemas, mesmo que involuntariamente, ou pelo menos me descuidado.

Procurar os motivos não me levaria a nada, não influenciaria mais no resultado, apenas um acalento, um consolo para o meu ego... Por muitos momentos desconhecia o verdadeiro sentido da autoestima, ela não existia pra mim. Buscava ultrapassar metas, atravessar fases, cumprir etapas, mas não estava vivendo.

Outro dia ouvi que não dava para ser feliz e magra ao mesmo tempo. Tenho que discordar! As gordinhas bem resolvidas que me desculpem, sei que não dá para generalizar, mas plenitude, bem estar, satisfação pessoal e outras sensações eu só conhecia nos textos... não sentia coisas boas naquele corpo.

Era incapaz de me respeitar, confiar e gostar de mim mesma. Embora tentasse disfarçar, era muito insegura, maniática, não me sentia capaz de realizar nada, não me permitia errar...  Acho que no meu inconsciente, não estar em forma e ter as formas do corpo deformadas, era como uma punição causada pelo sentimento de culpa pelas decisões “erradas”. Tudo era motivo para endossar a insatisfação.

Estar em paz com o meu corpo, por dentro e por fora, me fez experimentar uma das melhores sensações de bem estar possíveis. Facilitou meu diálogo interno, aumentou minha autoestima e me estimulou a percorrer o caminho do autoconhecimento.

Quero manter-me em forma e aprender com a experiência passada. Fazer com que minha autoconfiança se mantenha elevada, que o amor-próprio aumente... Sempre em busca de maior satisfação pessoal! Tenho certeza que isso tudo afetará positivamente no meu desempenho profissional, me ajudará a cultivar relações saudáveis e ganhar a paz interior que eu já sei que mereço!

É como se eu tivesse o merecimento de ter uma segunda chance e isso me faz pensar que devo agir com mais responsabilidade ainda. Usar meu livre-arbítrio de forma sábia. Afinal já encontrei o caminho de volta, agora só quero ser feliz!

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