Monique Fernandes

Profa. Dra. Elaine Assolini

A reflexão de aspectos conceituais sobre educação e diversidade nos direciona à necessidade de criarmos um diálogo entre as relações interculturais presentes no âmbito escolar a fim de potencializar uma educação inclusiva.

A escola é um dos primeiros espaços de convivência do homem, concebendo desde muito cedo a percepção da heterogeneidade que está presente em nossa sociedade. O docente é extremamente importante nesse processo, visto que ele exerce um papel de mediador na flexibilização de ideias e práticas mais conscientes e adeptas à pluralidade.

Deste modo, o papel do professor como agente facilitador do ensino-aprendizagem é trabalhar os valores de diversidade e auxiliar no processo de identificação e desprendimento de amarras que geram desigualdade, visto que os padrões que nos são apresentados hoje são inerentes a construções sociais que estão passíveis a quebras e desconstruções.

O ponto-chave para a dada questão é, primeiramente, mostrar que as diferenças existem e que convivemos com elas durante toda a nossa existência. A partir do momento em que isso é compreendido, conseguimos perceber o quanto a individualidade humana é primordial para a ampliação de perspectivas sobre tudo o que nos cerca, desde que não sejam catalisadoras do antagonismo, como aponta Paulo Freire: “[...] eu me bato muito pela tolerância, que para mim é uma virtude... revolucionária até. É esta possibilidade de conviver com o diferente para poder brigar com o antagonista. O antagonista é diferente também, mas um diferente diferente.”