Transtorno de Estresse Pós-traumático, quais as causas, sintomas e possibilidades de tratamento?

Transtorno de Estresse Pós-traumático, quais as causas, sintomas e possibilidades de tratamento?

Lilian Ines Gomes Borges M. de Lima

 

 

O Transtorno de estresse pós-traumático é um distúrbio da ansiedade que se desenvolve quando uma pessoa sofre algum evento traumático, podendo causar diversos prejuízos em sua vida pessoal, no convívio acadêmico, profissional e social, como nos relacionamentos amorosos e nas amizades.

O sofrimento por algum tipo de ameaça, isolamento social ou experiências aterrorizantes como violência sexual ou física (assaltos, ataques terroristas, sequestros, torturas), acidentes automobilísticos, desastres naturais ou diagnóstico de doenças podem levar a pessoa a desenvolver o distúrbio. Cada pessoa é afetada de um jeito singular e algumas são mais suscetíveis a desenvolver o problema. Até mesmo pessoas que acompanham tais situações, mesmo não sendo vítimas diretas, podem desencadear este transtorno, pois quando passamos por situações de estresse, nosso organismo libera alguns hormônios como a adrenalina e o cortisol que aumentam o nosso ritmo cardíaco e pressão sanguínea, permitindo uma resposta ágil, uma reação fisiológica de nosso corpo que irá ajudar, caso necessário, na fuga e na defesa.

Os sintomas podem ser observados em qualquer faixa etária, podendo se manifestar até muito tempo após o episódio. Ressalta-se que crianças vítimas de violência doméstica ou de bullying podem ser mais vulneráveis à doença. Além disso, o sofrimento causado por este transtorno faz com que a pessoa reviva situações estressantes na sua memória, tendo constantes pesadelos, sensações do ocorrido ou flashbacks, que podem desencadear sintomas fisiológicos como náuseas, tremores e sudoreses. Há, também, uma hiperexcitabilidade psíquica com distúrbios do sono, dificuldades de concentração, irritabilidade e estado de alerta constante.

As pessoas com o transtorno passam, ainda, a ter dificuldades em confiar nos outros, desenvolvem comportamentos de esquiva e crises de pânico. Podem sofrer também de crises de amnésia dissociativa, em que não falam ou não se lembram do fato ocorrido e, ainda, por vezes se sentem culpados ou envergonhados, perdendo o interesse em atividades que antes lhe eram prazerosas. As principais consequências do estresse pós-traumático estão relacionadas à vida social, profissional e física do paciente, pois é comum que ele busque por isolamento ou afastamento social, desenvolvendo o transtorno depressivo também.

Contudo, existem algumas alternativas de tratamento para o estresse pós-traumático, dentre elas a psicoterapia e medicamentos. Na psicoterapia o paciente é conduzido por um psicólogo que o ajudará a entender como o evento está impactando lhe; é dado a ele a oportunidade de compartilhar as suas experiências de forma segura e controlada, o que o ajudará a superar os seus traumas. Às vezes, é necessária, também, medicação para complementar o tratamento, assim, o paciente é encaminhado a um psiquiatra que, geralmente, indicará ansiolíticos ou antidepressivos que serão prescritos e acompanhados corretamente. É, ainda possível, prevenir e melhorar os sintomas com uma alimentação equilibrada e adequada, a ingestão de muita água, o combate ao isolamento a bebidas alcoólicas, pratica de atividades físicas e socialização.

 

“AS EMOÇÕES NÃO EXPRESSAS NUNCA MORREM. ELAS SÃO ENTERRADAS VIVAS E SAEM DE PIORES FORMAS MAIS TARDE.” - Sigmund Freud.

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