Assuntos de uma Feira de livros

Assuntos de uma Feira de livros

A Feira do Livro , aqui em Ribeirão , é um evento ansiosamente esperado, que movimenta a cidade, altera as rotinas nas escolas e faz com que o assunto “Livro e Leitura” seja lembrado, estudado e debatido pela comunidade.

Há sempre a velha e eterna reclamação, os jovens não lêem mais como antes.

Sim, o antes, é o muito antes, quando o livro  e o jornal, papéis,  eram os poucos  suportes da leitura de aprendizado, de informação, de ficção.

O hoje é feito de plataformas outras e várias. Os meios eletrônicos estão amplamente disseminados principalmente entre os jovens.

Eles lêem, talvez até leiam bem.

Leem com fins escolares, livros técnicos, estes são campeões, e os tem em mídia eletrônica, e são estimulados a buscar por ela pelo próprio sistema educacional.

Não lêem notícias, acham chato, não entendem, e quando lêem , o fazem nos portais da internet, entre os assuntos que realmente os interessam.

Não se detém , é fato, quando o texto é longo. Preferem as imagens, imediatas e de informações  concisas.

Os vídeos são os campeões, estes são vistos, mesmo que levem tempo, e como levam.

Quanto  a literatura, esqueçam, há pouco interesse nela.

Há grupos de jovens que optam pelos romances, estes novos, grandes,longos, de fantasia ou romances com estórias picantes. Estes lêem em papel e são fãs absolutos.

Há grupos que lêem livros interativos, com uma infinidade de links e referências , o que torna o assunto infindável e disperso, um “parque de diversões com roteiro”.

Mas literatura de verdade, ficção, clássicos, é algo raríssimo.

E é esse tipo de leitura que tem que ser estimulada.

Ao ler, muitas  áreas do cérebro são ativadas, numa verdadeira ginástica.

A leitura é um diálogo do autor com o leitor, o que a torna um exercício de pensamento, um exercício crítico.

Pessoas que lêem desenvolvem o pensar e , em conseqüência , agem com consciência.

São Pessoas, não maquininhas de repetição, nem seguidores cegos de mestres oportunistas.

A leitura é um caminho que traz grande ganho, resta saber se o queremos.

Para ler e gostar, e quem gosta lê além da obrigação, é preciso que haja um exemplo e um estímulo.

Se a família, ou o grupo social, não lê e muitas vezes desdenha do ato, fica difícil.

Se os professores, condutores do aprendizado, não lêem, e creiam-me, não lêem!!, não tem coerência alguma ao educar e pregar a leitura. Vira mentira. E mentira, criança percebe de longe e adolescente põe na conta da traição.

Bem , este texto já ficou longo e pode ser que você nem tenha chegado até aqui, mas tudo isso, e mais um pouco,  será debatido, pensado e conversado na Feira do Livro em seus muitos salões de ideias e palestras.

Fiquem ligados na programação

WWW.feiradolivrorp.com.br

Nos vemos por lá!!!

Eliane Ratier em preparativos para a Feira do Livro

 

 

 

 

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