Pátria amada
Pátria amada , Brasil
Dia destes vinha pela estrada, como passageira, em situação privilegiada para observar a paisagem.
Andar pela rodovia Anhanguera é acompanhar o desenvolvimento das vocações de cada cidade, múltiplas e variadas, de moradia, indústrias de todo porte, indústrias temáticas, pecuária, agricultura, turismo.
Assim, também é a paisagem.
E, em direção ao interior do estado, há o predomínio da natureza.
Bela, pródiga, exuberante natureza.
Na cartela dos verdes , temos todos, vivos ou atenuados pelo pó, manchados pelos troncos marrons, pontilhados do colorido surpreendente da árvore florida da vez, agora em plena primavera, ainda alguns Ipês, muitas Sibipirunas e logo, logo, serão os Flamboyants.
Tudo dá na terra que é boa, fértil e farta, de arenosa à roxa, cada qual na sua especial produção.
A exuberância atesta a presença do líquido vital.
Água há nos rios que cruzamos no caminho, água há de haver escondida entre as folhagens, pressentida em murmúrios de vida.
Um êxtase sob o sol que se põe, em céus de nuvens brincantes que vez por outra transpiram gotas brilhantes e cristalinas.
Há muito mais a ser dito, mas vou parar por aqui para dizer o do quanto somos ricos.
Este país, com sua extensão territorial, com infindas riquezas naturais, com ausência de trágicos transtornos ambientais, é um tesouro cobiçado que nós , nativos, nem nos damos conta.
Muita gente fala do exterior, onde tudo é melhor.
Já andei por aí e não vi nada tão rico como aqui. Nada!!
É preciso que nos convençamos disso e que comecemos a tratar melhor nosso país.
Dói em mim ver a qualidade dos nossos governantes ainda trabalhando em causa própria.
Dói.
Dói ver o potencial humano diariamente desperdiçado pelo descaso, a preguiça, a falta de cultura e de empenho.
Podemos ser sempre melhor, isto sim aprendi no exterior.
Lá, com muito maiores dificuldades, há melhores resultados.
Podemos ser sempre melhor.
Fica a dica.
Eliane Ratier, se empenhando em melhorar