A difícil ascensão profissional

A difícil ascensão profissional

O mercado empresarial é cada vez mais exigente e seletivo, abrigando as organizações a um constante estágio de aperfeiçoamento, essencial para a manutenção dos negócios  em condições de crescimento e prosperidade, pois deixar de crescer é sinônimo de retrocesso ou estagnação.

É comum vermos um funcionário há muito tempo no mesmo cargo dentro da empresa, podendo até ser eficiente e dedicado, mas a promoção nunca chega. Por outro lado, também é possível ver pessoas com menos tempo de casa alçando novos degraus na escala da hierarquia, embora houvesse outros candidatos com maior longevidade no quadro de funcionários.

Mas afinal o que diferencia um profissional do outro? Tempo de casa, já vimos que não é o caso, então seria formação acadêmica? Bagagem profissional adquirida em outras empresas?

Em minha opinião, fruto de vários anos de observações, posso afirmar meu entendimento com certa clareza.

Quando um profissional é contratado, como assistente, por exemplo, espera-se que ele tenha toda a concentração e imersão em sua atividade, demonstrando seu potencial e oferecendo as respostas que a organização espera dele.

Quando este mesmo profissional vai se tornar chefe, não basta ser um técnico ou mesmo um cientista, pois agora ele vai também ter um grupo de subordinados, que tentarão se espelhar nele para seu crescimento. Neste momento, além do desejado perfil de liderança, o novo chefe deve acumular habilidades administrativas, pois ele vai ter que cuidar de pessoas, que inclui, em menor escala, controle de horários, faltas, férias, problemas de saúde, conflitos intrigas, etc., apesar da responsabilidade destes itens pertencerem à área de Recursos Humanos, o problema esta no colo do chefe, que também será cobrado pelo desempenho da sua equipe.

Neste ponto já existe uma seletividade, pois conheço vários cientistas ou técnicos brilhantes que não tem a menor habilidade em lidar com pessoas, portanto não teriam a oportunidade de liderá-las.

A ascensão está ligada a outras habilidades que o profissional deve desenvolver para estar preparado para as oportunidades, que incluem inicialmente noções de gestão de pessoas, seja coordenando, instruindo, motivando  de maneira a garantir que os trabalhos serão executados da melhor forma.

A posição de gerência exige ainda mais habilidades, como aspectos comerciais no sentido de capacidade de negociação com seus pares, coordenar grupos de chefes, saber extrair o que sua área tem de melhor, decidir, assumir riscos, etc.

Já o cargo de diretoria requer um perfil mais completo, incluindo componentes institucionais, no sentido de defender e fortalecer a empresa para o mercado, traçar rumos do negócio, também exige habilidade política para com seus pares, definindo os fundamentos da governança, e capacidade de enxergar a empresa no futuro, conduzindo os negócios para que a empresa chegue ao futuro conforme planejado.

O profissional valorizado no mundo contemporâneo é aquele que agrega valor a empresa, que está comprometido com a busca de resultados, e que age com espírito empreendedor.   

José Rita Moreira
Sócio-diretor
BLB Brasil Auditores e Consultores

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