Natureza Sacra

Natureza Sacra

Slavoj Žižek, conhecido como Elvis Presley da filosofia e também como rock star intelectual, prega que a ecologia atualmente, assume a autoridade inquestionável encarnada em Deus. Fato este que implica imposições limitantes às nossas ações, trazendo convencimento de nossa finitude. O que isso quer dizer? Quer dizer que se não seguirmos razões ecológicas estaremos condenados ao inferno!

O inferno, em nosso contexto, são as consequências de ações ambientais destrutivas – às quais somos culpados – desertificação das florestas, aquecimento global, falta d’água, lixo nas ruas, abandono de animais, etc. Portanto, estamos condenados!

Se, antes, a ideia de Deus de certa forma limitava a destruição da Natureza por nós, hoje “a Ecologia funciona como ideologia no momento em que é evocada como um novo limite”, diz Žižek. Com efeito, é somente ela que nos avisa o tempo todo, do pecado insustentável da nossa vida consumista-hedonista que só se sacia consumindo gulosamente a Natureza.

Em troca, se queremos ver o Deus Ecológico reinar e engrandecer “a” Natureza, devemos seguir o conselho de Žižek: “tratar a Terra com respeito, como algo fundamentalmente sagrado, algo que não deve ser de todo revelado, que deve permanecer para sempre um Mistério, uma força que deveríamos aprender a confiar, não dominar.”

Há um gozo, no entanto alienante e infrutífero, em deixar de se preocupar com o presente para se ocupar do futuro; em esquecer-se de si e lembrar apenas dos filhos; em ignorar o sistema educacional do qual devemos ser parte cada vez mais atuante e presente para atentarmos somente à educação que se dará à nossa prole futura. Sofrimento e a frustração são produzidos pela ignorância enquanto nos preocuparmos com o futuro, isto é, com a educação dos nossos filhos, estamos, na verdade, nos alienando de que nós mesmos já somos filhos-reprodutores dessa educação que, de tão esclerosada, não garante futuro promissor algum, em primeiro lugar, a nós mesmos, e, em segundo, aos nossos filhos. Se essa preocupação faz algum sentido, todavia não aponta para tranquilidade alguma.

Os desafios para 2016 continuam!

Que desafios são esses? Ora, a desigualdade socioeconômica, a destruição da natureza, o individualismo egoísta, as guerras, e muitos outros...

(Fonte de inspiração: Blog Laboratório Filosófico – texto com mudanças)

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