Babaca

Babaca

Dicionário Aurélio define BABACA como aquele que é ingênuo e tem pouco poder de decisão. A caracterização de Mozart no filme Amadeus (Miloš Forman), de 1984, mostra literalmente esta forma de ser BABACA, que é de uma pessoa que genial, mas sem controle próprio, que tanto causou repulsa em Antonio Salieri, o antagonista do compositor na película e na vida real, pelo menos de acordo com os livros de história.

Porém, no cotidiano, BABACA pode ser definido como aquele que, mesmo com inteligência acima da média, insiste em discordar do status quo ou simplesmente da opinião da maioria das pessoas, apenas para o divertimento próprio e causar desconforto nos outros.

É o caso de Nelson Piquet, que mesmo tricampeão mundial de Fórmula 1, assim como Ayrton Senna, sempre é preterido nas listas de ídolos nacionais. Além de tricampeão nas pistas, Piquet também é um inventor. Ele foi o primeiro a usar cobertores nos pneus para manter o aquecimento destes compostos, ainda nas categorias de base do automobilismo, e desenvolveu a suspensão ativa, que fez os carros da equipe Williams serem insuperáveis no início dos anos 1990.

E mesmo filho de ministro, sempre desvinculou a imagem do pai, tanto que Piquet, é o sobrenome de solteira da mãe dele. Ou seja, em um esporte onde quem tem mais cacife são os que vão mais longe, ele seguiu o caminho sozinho. Mas por respostas irônicas aos jornalistas, principalmente aos brasileiros, que sempre procuraram um chodó, e por picuinhas contra companheiros de equipe, como o inglês Nigel Mansell, na Williams, se tornou mal visto.

Outro membro dos grupos dos BABACAS, mas muito menos genial que Mozart e Piquet, é Diogo Mainardi, comentarista do programa Manhattan Connection, da GloboNews. Ele só faz parte deste texto pois, se descola dos outros debatedores com opiniões técnicas e exclusivas dos seguimentos político e econômico, para chutar o balde e falar o que realmente acha que há de errado no Brasil, mesmo estando na Itália.

No rock and roll, no qual os artistas, que por pré-requisito são excêntricos, e portanto, carregam em seus corpos, pelo menos nanopartículas,  dos genes da BABAQUICE, se destaca um GENE inteiro, o Simmons, que recentemente disse que o rock morreu. Os argumentos dele são plausíveis, mas um quanto tanto conservadores, já que para ele o rock só é o da música comercial, porque para ele as gravadoras estão a procura apenas do que dá retorno financeiro, e que é por isso que o rock morreu.

Mas, se for olhar nos bares de Ribeirão mesmo, nos festivais independentes, você encontrará muita gente fazendo música muito boa, sem precisar da busca obsessiva de apenas ganhar dinheiro. Aqui tem Malditos Insetos, Motormama e Necrofobia, por exemplo. Vale apena buscar o trabalho deste pessoal para escutar, assim como o do Kiss, do Gene Simmons, pois tem espaço para todos.

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