Dê uma chance à paz

Dê uma chance à paz

Recentemente, durante uma aula, um professor comentava sobre Maquiavel. Nela, ele disse que o bom líder, segundo o escritor italiano, precisa encontrar o equilíbrio entre ser amado e temido. Por isso, ele, o professor, não acredita no pacifismo como forma de manter a tranquilidade.

Um exemplo de quem sabe equilibrar “amor” e “temor” é os Estados Unidos. Amor, pois, realmente, os norte-americanos amam sua pátria. Segundo eles, são livres e lá é a terra das oportunidades. Já o temor vem de políticas militares do país tomadas desde a Segunda Guerra Mundial, como, por exemplo, quando soltaram as bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

Porém, influenciado pelas revoluções dos anos 1960, que tiveram muito apoio nas concepções de “Paz e amor”, propagada do John Lennon, o amor livre de Keith Richards e os outros Stones, a ousadia do The Who em cantar a canção My Generation no programa de Ed Sullivan, o mais famoso da época, fizeram a veneração estadunidense ser no mínimo refletida.

Nessa época acontecia a Guerra do Vietnã. Que mesmo os Estados Unidos não querendo admitir, foram derrotados. Basta ver a retirada das tropas americanas do país asiático, no vídeo abaixo.

Os vietnamitas não tinham nenhuma arma mais poderosa que seus adversários, apenas lutavam pelo o que acreditavam. Já os soldados norte-americanos, muito influenciados pela música e cultura daquele período e o ideal do “Paz e amor”, não tinham a certeza de que a luta que travavam era algo que eles concordavam.

No filme Across the Universe, baseado na obra dos The Beatles, mostra uma cena em que uma personagem, inspiradíssimo em Jimi Hendrix, é convocado para o conflito, mas não quer ir, e apresenta alguns artifícios usados para poderem ser dispensados, como furar o corpo com agulhas, para ser identificado como um dependente químico, ou comer beterraba, para simular uma possível hemorragia.

Querer dar uma chance a paz fez com que a veneração pelas cores da própria nação tenha sido esquecida. Então, essa guerra, a paz ganhou.

 

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