Na mosca

Na mosca

Depois de alguns anos, quando você passa da marca de pedir presente para os pais, você autopresenteia-se. Eu, obviamente já cheguei nesta fase.

Depois de alguns anos, você não quer ganhar mais brinquedos (ainda bem), mas continua refutando as roupas como na época que gostava de ganhar brinquedos. Então, este momento é a fase de instrumentos musicais, cd’s, dvd’s, e claro, livros, são os mais desejados.

Eu me encaixo nesta categoria.

Depois de alguns anos, você forma opinião sobre livros favoritos, consequentemente autores favoritos, também.

Depois de alguns anos, depois de somado tudo isso, você se dá um livro do seu autor favorito, óbvio.

O meu escolhido é Douglas Noel Adams, autor da série O mochileiro das galáxias.

Livros geniais, que discutem a vida, o universo, e tudo mais, no melhor do humor britânico, isto vindo de alguém que escrevia roteiros para Monty Python e Doctor Who, que tiravam graça das coisas mais sutis. Gênios. Gênio.

Como já devorei a série O mochileiro das galáxias, e infelizmente Adams deixou esse planeta com apenas esses cinco livros, além de uma obra justamente de Doctor Who, sobrou os rascunhos inacabados no computador dele, que foi publicado (O salmão da dúvida).

 Para engrossar o caldo do livro, no exemplar foram acrescentados alguns textos que Adams publicou em jornais e revistas.

E logo o primeiro texto ele fala sobre as lembranças escolares, que nada mais do que é ele tentando escutar Beatles na sala do diretor.

Não conhecia esse lado beatlemâniaco do cara. Virei mais fã. Mas o importante é a definição do escritor para os Garotos de Liverpool:

Eu cantava no coro da escola, portanto tinha um bom ouvido para harmonia e contraponto, e me parecia claro que os Beatles eram algo extraordinariamente bem sacado. Eu ficava pasmo que ninguém mais conseguia perceber isso: harmonias e linhas melódicas  que nunca tinham sido ouvidas antes na música pop. Era óbvio que os Beatles estavam colocando todas aquelas coisas  em suas canções como uma espécie de piada interna, e a ideia de que alguém pudesse divertir dessa forma me parecia fascinante.

Rock and roll é isso. Long live rock and roll.

 

Compartilhar: