THE GAMES OF THRONES

THE GAMES OF THRONES

Em tempos de vale tudo político, a saga construída por George R.R. Martin, O JOGO DOS TRONOS, dá aulas de como a guerra para conquistar o poder não conhece trégua. A luta pelo poder a qualquer preço não conhece hora, nem religião, nem lugar, o tudo e o nada, muito menos o DNA (nossos partidos políticos conhecem bem isso tudo e mais alguma coisa ainda não plenamente revelada). Os inimigos de hoje são os aliados de amanhã". (Não funciona assim nas eleições?). Aliar-se ao inimigo, para, em seguida, traí-lo, faz parte do jogo político. Todos sabem, todos se sujeitam. O poder vicia. Para se sentar no trono (Westeros, Capital - Porto Real, seu fedor de mijo e fezes = BRASIL - Brasília, seu fedor de negociatas e corrupção), vale se sujeitar, puxar o saco, vi ar um ninguém, um sabujo,,um tapete. A vida não vale nada. O orgulho (o sangue do lobo, o sangue do dragão, o sangue de ferro) impregna o DNA, mas todo esse orgulho pode desmoronar, se uma religião oferecer o caminho mais curto para o trono (presidência). Vale se ajoelhar, pagar o preço. Não há pretendente ao poder que não caia nos braços do fantástico. Espalham, com isso, o medo para adquirir (barganhar apoios, subjugar os tolos, vassalos = lotear cargos públicos).

São comuns os troca-peles: aqueles que se travestem de animais para defender seu território, alimentar-se do sangue do inimigo, espioná-lo (como nossos políticos que transitam entre vários partidos no jogo da espionagem, bebem o sangue dos fanáticos. Usam-nos como pano de chão). O povo serve apenas como bucha de canhão, massa de manobra, moeda de troca. Morto de fome vira exército de algum senhor. O maior banquete dos pobres são mais os ratos, as raízes, a grama. Danem-se. Ou comem ou morrem. Não existe perdão.

O que parece ser uma fantasia. De fato, não é. A realidade é cuspida na cara do leitor a cada página, a cada crônica. A história humana se repete como uma farsa, preconiza G. R. R. Martin. Tornar-se desumano se torna o preço a pagar para conquistar. Conquistador só olha para frente. O sonho (ou pesadelo?) de cada família poderosa dos sete reinos é se sentar no trono de ferro (Brasília?). Uma cadeira horrenda (presidência?) repleta de todo tipo de simbologia construída com espadas entrelaçadas. O eventual detentor do trono tem de tomar extremo cuidado. Uma pequena distração e uma espada abre uma ferida. Mal curada, ela o fará sangrar até a morte.

Toda família poderosa (partidos?) faz acordos espúrios com um aliado poderoso para destruir o inimigo comum. Destruído o inimigo comum, as sombras camuflam todo tipo de traição. O conquistador passa a ser vendido como herói, Salvador da Pátria (os Aécios e Dilmas do momento; os Obamas e Chaves...). Não há mocinhos nem bandidos. Ninguém vale o angu que come. O sexo, arma poderosa, contrapõe-se à sagacidade. Os mais belos não são necessariamente os mais inteligentes, apenas se usam. Pecam. Não são suficientemente perspicazes para manterem a ponta da espada na garganta do inimigo. O belo envelhece. Não mais seduz. À medida que morte é certa. O exílio também.

Cada pretendente ao trono agarra-se a uma arma, que crê usar, mas, sem perceber, acaba subjugado por ela: seres fantásticos (dragões - família Targaryen), religião (R?hollor, o deus da luz, Stannis Baratheon), riqueza (ouro e sexo - família Lannister) morrem ridiculamente. A honra (família Stark), que honra? leva Edd Stark ao patíbulo. Não há lugar para essa "coisa" demodê. Eddard Stark acaba decapitado. Curiosamente, quem usa a sagacidade e a inteligência, é Tyrion Lannister, um anão deformado. Seria a inteligência, pequena e deformada assim numa luta tão massacrante?

Compartilhar: