LEMBRANCINHA DE NATAL

LEMBRANCINHA DE NATAL

      Em época tão sensibilizadora como o Natal, bem como a proximidade do Ano Novo, jamais seria pouco fazer, simplesmente, votos sinceros de felicidade, paz e realizações. É o mínimo quando se tem a expectativa de alguma melhora em âmbitos gerais, para todos. Entretanto, para não fazê-lo de modo tão costumeiro, beirando, mecânico, assim o farei por meio de reflexões sobre poucas frases, citadas por determinadas pessoas ao longo da História. Essas pessoas, mais ou menos conhecidas, conseguiram deixaram mensagens as quais, quando interpretadas criativamente, aguçam a sensibilidade em um nível promissor para, pelo menos, talvez, menor revisão de paradigmas. Portanto, faço, nesse instante, um convite à rápida viagem filosófica. Sim, quem quiser, pode se imaginar pegando carona em um trenó voador gritando HO-HO-HO!!!

          “O Natal não é uma data... É um estado da mente”. Proferida pela professora e escritora americana Mary Ellen Chase, essa frase sugere que os sentimentos e emoções do Natal não se vinculam, necessariamente, aos números de calendário, mas às cabeças e corações que sustentam comportamentos responsáveis, fraternais e conscientes. Por esse ponto de vista, Papai Noel deveria se formar como profissional de saúde mental. Teria um volume de trabalho consideravelmente maior do que entregar presentes nas janelas ou chaminés das casas ao redor de todo globo. “Também para eles está chegando o natal. Ah, os leitõezinhos...”. Com genial senso de humor, o professor e crítico literário brasileiro Paulo Franchetti parece demonstrar especial empatia para com nossos queridos (e apetitosos) suínos, para os quais o Natal representa o que, para nós, cada um dos doze meses do ano pode representar, dependendo, apenas, de nossa habilidade ou não de encontrar meios ou, até, jeitinhos que mantenham nossas cabeças em cima do pescoço. A maçã, frequentemente enfeite mórbido na boca do bichinho, pode oferecer um fôlego a mais para quem, apenas, sobrevive diariamente.Poderia haver melhor símbolo de pecado??? "Embora a gente esteja perto do Natal, o PT não pode se comportar como vaca de presépio". Fique tranquilo, prezado professor e político Marco Aurélio Garcia...Se qualquer partido político se comporta ou não como vaca de presépio, cabe aos seus militantes analisarem. Porém, comportamento de manada pode ter se tornado tendência no modus operandi popular nacional. Frequentemente, pastamos visando futuro abate e, como rascunho de protesto, fazemos, no máximo, apenas um mugido. “Me perguntaram para que um ateu comemora o Natal. Ora, pelo mesmo motivo dos cristãos. Para comer, beber e ficar batendo papo depois da meia noite”. Marcelo Maia do Bairro Viena parece colocar em questão um “automatismo e superficialização de fé”. Superficialização e automatismo esses que, possivelmente, exemplificamos ao relembrarmos o quanto incoerentes, volúveis e frágeis podem ser nossos valores e palavras de Natal, após passados os primeiros minutos do dia 26 de dezembro ou 1º. de janeiro. Tudo bem, na próxima segunda começaremos de verdade!!!

            Portanto, após essas poucas e pequenas considerações, merecemos, todos, um Natal mais consciente e um Ano Novo menos recondicionado. Façamos coro com o escritor Oren Arnold, quando disse: “Sugestões de presentes para o Natal: Para seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo, seu coração. Para um cliente, serviço. Para tudo, caridade. Para toda criança, um exemplo bom. Para você, respeito”. Amém!!!

 

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