Açúcar: vilão ou herói?

Açúcar: vilão ou herói?

Segundo o site do Hospital viValle, muito se fala sobre os perigos de se consumir açúcar em altas quantidades, mas erroneamente ligamos o açúcar apenas a chocolates, refrigerantes e doces em geral. Alimentos considerados salgados, como massas e pães, têm suas propriedades alteradas quando entram em digestão, produzindo a glicose, carboidrato de sabor adocicado de grande responsabilidade na produção de energia para o corpo.

Tudo o que consumimos em demasia, de alguma forma, se torna um vilão para o organismo. E com o açúcar não é diferente. Seu consumo prolongado e em excesso pode levar a diversas patologias, como diabetes (doença caracterizada pelo aumento de açúcar na corrente sanguínea) e obesidade (doença crônica resultante do acúmulo de reserva de gordura no organismo).

Por outro lado, a nutricionista Fernanda Pisciolaro, membro da ABESO (Associação Brasileira de Estudos Sobre a Obesidade), afirma que o açúcar é a forma mais rápida de fornecer glicose para o corpo. Esse componente é essencial para o funcionamento do cérebro, da retina e dos rins, comenta Pisciolaro. A endocrinologista Lívia Lugarinho, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, explica que quando ficamos com deficiência de glicose (condição conhecida como hipoglicemia), sentimos dor de cabeça e os olhos começam ficar vertiginosos.

A glicose ainda auxilia na proliferação das Bifidobactérias e dos Lactobacillus sp. Essas bactérias compõem a flora intestinal e contribuem para a eliminação de bactérias nocivas como a Escherichia coli e o Clostridium. Sem contar que o açúcar é uma importante fonte de cálcio, fósforo, ferro, cloro, potássio, sódio, magnésio e de vitaminas do complexo B. Mas isso não significa que doces precisam fazer parte do cardápio diário. O açúcar é encontrado também em frutas e em fontes salgadas, como massas, pães e bolachas. “O ideal é que a pessoa não consuma doces e faça uso do açúcar dos outros alimentos”, reforça Lugarinho.

Pisciolaro discorda da afirmação de que não devemos consumir doces. “Por questões sociais, é quase impossível cortar os doces da dieta. Temos que pensar nas situações do cotidiano. Você vai a uma festa e vê um monte de guloseimas, como não ficar com vontade? A pessoa pode se dar o prazer de consumir doces, não é errado, só tem que maneirar”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o açúcar deve corresponder a 10% das calorias consumidas no dia, o equivalente a 50 gramas ou quatro colheres de sopa. Uma boa alternativa é substituir o açúcar tradicional, conhecido como refinado e quimicamente produzido, pelos tipos orgânico e mascavo, que, embora adocem menos, possuem menor teor calórico e são mais ricos em proteínas e vitaminas.

Fontes:
https://www.vivalle.com.br/espaco-saude/detalhe/acucar-vilao-ou-mocinho  
https://drauziovarella.uol.com.br/diabetes/males-e-beneficios-do-acucar/
 

Compartilhar: