Medicina antienvelhecimento

Medicina antienvelhecimento

A busca pela eterna juventude e pela imortalidade, segundo Nathalie Ayres do UOL VivaBem, está em lendas antigas da civilização. As pessoas buscam viver para sempre, ou pelo menos o máximo de tempo possível. Se hoje vivemos 40 anos a mais do que em 1900 graças aos avanços da medicina e qualidade de vida, também é verdade que hoje enfrentamos doenças que são quase sinônimos de envelhecer: diabetes, colesterol e pressão alta. Uma das ideias dos cientistas é buscar formas de descobrir e parar o processo metabólico que nos faz envelhecer. Uma dessas vertentes é a medicina anti-aging ou antienvelhecimento. E não estamos falando do seu creme antirrugas.

Existem diversas hipóteses sobre o envelhecimento. Muitas delas estão ligadas ao DNA das células e a problemas em seu uso, já que o código genético é responsável por dizer ao corpo como devem ser os tecidos e estruturas que ele está construindo, comenta Ayres. Uma teoria diferente é a neuroendócrina, em que mudanças na secreção de hormônios do corpo é que resultam nos processos que conhecemos como envelhecimento. Todas têm em comum o fato de que as doenças relacionadas ao envelhecimento têm o mesmo ponto de partida e que, conhecendo que ponto é esse, pode ser possível tratá-lo diretamente. No entanto, esse ramo de pesquisa ainda é muito inicial e causa algumas confusões. Uma delas é que quando falamos em anti-aging, logo se pensa em cosméticos ou até mesmo na promessa de se viver para sempre. No entanto, o que os médicos e biólogos dessa área buscam são formas de desacelerar o processo de envelhecimento do corpo, retardando diversas doenças crônicas com uma cajadada só e não uma de cada vez, explica Ayres.

A medicina antienvelhecimento é uma linha de estudos nova e, por enquanto, nenhuma das teorias que estão sendo desenvolvidas pode ser usada efetivamente para retardar o envelhecimento. Por isso, se você ouvir de um profissional de saúde que ele tem tratamentos que prometem acabar com o envelhecimento, não acredite! Não existe nenhuma evidência científica de que funcionem e sua prática não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Apesar disso, é importante destacar que estudos preliminares com substâncias antienvelhecimento têm sido feitos por instituições reconhecidas, como o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em tradução livre) e a Clínica Mayo, instituição sem fins lucrativos que oferece serviços médicos e pesquisas em saúde.

Os especialistas dessa área de estudo não indicam que as pessoas tentem buscar consumir por conta própria substâncias não comprovadas. Técnicas que misturam sangue de pessoas mais velhas com a de mais novas, para retardar o envelhecimento, eram oferecidas por empresas americanas após a divulgação de alguns estudos preliminares. A FDA (sigla inglesa para Administração de Alimentos e Medicamentos) dos EUA, até mesmo emitiu um alerta de segurança, dizendo que "Não há nenhum benefício clínico comprovado na infusão de plasma de doadores jovens para curar, mitigar, tratar ou evitar essas condições e existem riscos associados ao uso de qualquer produto do plasma".

Por enquanto, as dicas de alimentação saudável, prática de exercícios físicos e um bem-estar mental ainda são os melhores remédios.

Fonte: https://vivabem.uol.com.br/reportagens-especiais/envelhecimento-tratado-como-um-todo/index.htm#a-medicina-antienvelhecimento 
 

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