Garimpando candidatos

Garimpando candidatos

Daqui a menos de um mês, goste ou não de política, o eleitor brasileiro terá de fazer cinco escolhas importantes, que serão determinantes para o seu futuro, da sua família e das futuras gerações do seu país, do estado e da cidade onde mora.


Deverá escolher um presidente, um governador para o seu estado, um senador, um deputado federal e um estadual, tudo isso de uma vez só e com um tempo muito curto. De repente, milhares de candidatos começam a desfilar na padronizada propaganda eleitoral gratuita que pouco esclarece o eleitor. Nessa escolha não dá para voltar atrás, elas duram pelo menos quatro anos e a tarefa ficou complexa à medida que a internet pulverizou as informações em várias plataformas. Se não bastasse esse desafio, de forma crescente a cada eleição, há uma onda deliberada para promover e espalhar notícias falsas. Quase diariamente, a Justiça Eleitoral manda retirar do ar fake news do tipo: partidários do candidato X estavam espalhando que se o candidato y for eleito irá acabar com o Uber.  


Os deputados eleitos são responsáveis pela elaboração das leis e reduziram o tempo da campanha eleitoral que agora se concentra em escassos 45 dias. Essa decisão favorece os políticos mais conhecidos em detrimento da renovação. Além da propaganda gratuita, outro espaço que o eleitor tem para conhecer as propostas dos candidatos são os debates para presidente e governador. Para presidente, havia cinco debates previstos para este ano através de um pool de veículos de comunicação. O primeiro, com boa audiência, foi promovido pelo Uol, Band, Folha e TV Cultura.  Os debates da Rede TV e TV Aparecida foram cancelados. Estão programados o do SBT, ainda sem data e horário, e o último da Globo num horário desfavorável para o trabalhador brasileiro que precisa acordar cedo. O último encontro dos presidenciáveis, na principal emissora do país, está marcado para o dia 29 de setembro, claro que depois do capítulo de Pantanal. O motivo do cancelamento de dois debates na TV foi a não confirmação da presença dos candidatos que estão na frente nas pesquisas. Isso frequentemente ocorre em eleições. Quem está na frente não quer arriscar a dianteira e coloca em segundo plano o esclarecimento do eleitorado sobre os planos de governo. No meio de tanta cortina de fumaça, literalmente é preciso garimpar bons candidatos. 

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