Metas para o novo ano e prioridades para uma nova vida
Myrna E. C. Coelho Matos
24 Dez 2013 09:46
Por Myrna E. C. Coelho Matos – Psicóloga Clínica e coordenadora do IACEP-Ribeirão Preto
Mais um ano se inicia e algumas pessoas já estão fazendo seus planos para este novo ano. Para muitos, o final de um ano e o início de um novo ano sinalizam uma mudança de ciclo, um momento propício para a realização das listinhas de intenções para o ano que se aproxima. As metas de final de ano incluem os mais diferentes propósitos, como, por exemplo, ler mais, trocar de carro, perder peso, parar de fumar, ficar mais com a família, iniciar uma atividade física, e aprender um novo idioma. Já parou para pensar que estas listinhas nada mais são que um conjunto de pedidos que fazemos a nós mesmos? Entretanto, não são poucas as vezes em que terminamos mais um ano decepcionados por não termos cumprido as metas traçadas e que, ao não serem alcançadas, acabam por se transformar num registro de nossas frustrações.
Quem nunca se propôs a iniciar uma atividade importante para a sua vida e, com o tempo, acabou deixando de realizá-la? Acho que todos já passaram por isso, não é mesmo? Muitas são as variáveis que contribuem para que isto aconteça, mas existe especialmente uma que, segundo especialistas, é considerada a mais determinante: a falta de um bom planejamento de ações. Quando traçamos metas baseadas apenas na empolgação e sentimentos momentâneos é comum que desistamos diante dos primeiros obstáculos.
O primeiro passo para a realização de um bom planejamento de ações é definir prioridades, entendendo prioridade como aquilo que deve vir em primeiro lugar e ser executado antes de tudo. De acordo com estudiosos em planejamento estratégico, as ações prioritárias são chamadas de atividades-mãe. Vejamos um exemplo: se para o cumprimento pleno de todas nossas atividades diárias é necessário gozarmos de boa saúde, logo, cuidarmos de nossa saúde deveria ser uma prioridade, concorda? Todavia, uma das maiores dificuldades para que cumpramos aquilo que planejamos é conseguirmos diferenciarmos o que é urgente do que é importante, sendo que urgente é tudo que deveria ter sido feito e não foi feito, enquanto que prioridade é o que deve ser feito em primeiro lugar devido à sua importância. Agora reflita: geralmente, quando as pessoas levam a sério o cuidado com a sua saúde? Quando isso passa a ser urgente, por não ter sido uma prioridade, como no caso delas ficarem doentes de fato.
Concluindo, antes de traçar uma meta, reflita o quanto ela é realmente importante para você e o quanto ela contribui para que outras atividades, também importantes, se desenvolvam melhor. Caso conclua que esta meta lhe trará um bem maior, seja na área pessoal, profissional ou familiar, então, siga em frente e busque alcançá-la.
Para que você possa compreender melhor o que em sua vida se apresenta como prioridade e mudar a sua perspectiva, reflita sobre as questões, a seguir: o que você responderia a um amigo que lhe dissesse que está prestes a se divorciar devido aos problemas causados pela constante falta de tempo para estar com sua família? O que você diria a uma amiga que lhe relatasse a sua tristeza em relação ao seu sobrepeso, dizendo que isso interfere em sua saúde, autoconfiança, prazer diário e até mesmo nas suas finanças, já que nenhuma roupa de seu armário lhe serve mais? O que você diria ao seu amigo, comissário de bordo, que lhe conta que só poderá ser promovido em sua empresa se aprender um novo idioma? A resposta é clara: estabeleça prioridades, faça um planejamento e mãos à obra!
