Tenha Fé!

Tenha Fé!

Por Myrna E. C. Coelho Matos – Psicóloga Clínica e coordenadora do IACEP-Ribeirão Preto

Aproveitando a reflexão proposta pela matéria de capa da Revista REVIDE na última semana, deixo aqui um texto escrito pela jornalista Mariana Sgarioni para a revista Super Interessante. Na matéria de capa intitulada A ciência de viver bem a autora cita sete hábitos que quando adotados nos levam a ganhar qualidade de vida.  Destaco hoje um deles: Tenha Fé. O texto foi escrito em 2006, entretanto, muitos outros estudos científicos, realizados posteriormente, continuam confirmando os dados citados pela autora: ter e viver com fé faz bem para nossa saúde física, psíquica e social. Abaixo, destaco recortes do texto!  Se quiser ler na íntegra acesse:https://super.abril.com.br/ciencia/ciencia-viver-bem-446191.shtml

Costuma ser mais feliz quem consegue encontrar um significado para a vida. Esse significado pode estar em qualquer coisa – da filatelia à filantropia. Mas é na religiosidade que a maior parte da população vai buscar essa razão de viver. E encontra. Pesquisas mostram que as pessoas religiosas consideram-se, em média, mais felizes do que as não religiosas. Elas também têm menos depressão, menos ansiedade e índices menores de suicídio.

“A fé nos conecta com outras pessoas, dá sentido e propósito para nossa existência, ajuda também na auto-aceitação e sustenta a esperança de que, no final, tudo ficará bem”, diz o relatório de um estudo sobre o assunto do Centro Nacional de Pesquisas de Opinião dos EUA.

O poder da crença pode ir além do conforto espiritual, ajudando a curar doenças e aumentando a longevidade. Uma das razões para tanto passa longe do sobrenatural: a fé traz a reboque uma rotina mais regrada e vínculos mais sólidos com a família e a comunidade. Quem professa uma crença raramente faz bobagens como se embebedar e sair dirigindo a 160 quilômetros por hora.

“Existem evidências de que pessoas com atitude positiva e fé têm saúde melhor”, afirma o psiquiatra Frederico Camelo Leão, que defendeu tese de mestrado sobre o assunto no Hospital das Clínicas de São Paulo. “Isso vale tanto para a espiritualidade intrínseca, quando a pessoa é voltada a seus valores internos, quanto a extrínseca, quando a pessoa se associa a grupos e cerimônias. Nos dois casos, há trabalhos que mostram que essas pessoas tendem a pontuar mais em qualidade de vida e na evolução do tratamento de doenças.”

A fé propriamente dita pode ter efeitos benéficos no corpo humano. Já foi comprovado, por exemplo, por meio de uma pesquisa da Universidade Duke, na Carolina do Norte (EUA), que pessoas com fé religiosa conseguem melhorar o funcionamento de seu sistema imunológico. “Ter uma fé ativa é tão fortemente associado à longevidade quanto ao hábito de não fumar”, afirma David Myers, professor de psicologia da Faculdade Hope, em Michigan (EUA).

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